A demanda reprimida das famílias que ascenderam à classe média nos últimos anos manterá contribuição ao crescimento do consumo interno, e permitirá que o desempenho da economia em 2011 e nos próximos anos continue a ser positivo, segundo acredita o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior.
A avaliação baseia-se na atuação do comércio varejista, que em junho registrou altas de 0,2% no quesito vendas e de 0,6% em receita nominal (que exclui a variação da inflação no período), na comparação com maio, no dado com ajuste sazonal. Os números foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o presidente da CNDL, o resultado indica a manutenção do consumo interno mesmo diante de um aperto maior dos juros em função de uma inflação persistente e das incertezas a respeito da recuperação de economias desenvolvidas como Estados Unidos e zona do Euro. “A comparação entre junho de 2011 e junho de 2010 mostrou uma alta de 7,1% nas vendas e de 12,1% na receita das empresas. Isso significa que o brasileiro ainda está comprando bastante, apesar dos pesares que o mundo está passando”, diz Pellizzaro Junior.
Em junho de 2011, segundo o IBGE, cinco de oito segmentos pesquisados registraram altas nas vendas, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (9,1%) e tecidos, vestuário e calçados (3,0%). No ano, as vendas do varejo já acumulam alta de 7,3%.