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Jean-Bernard Levy, executivo-chefe da Vivendi
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O grupo francês de telecomunicações e entretenimento Vivendi manteve suas metas para o ano após ter lucro de primeiro semestre em linha com as expectativas. O resultado foi puxado por crescimento do grupo em videogames e pela operadora brasileira GVT, que compensou fraco desempenho em telefonia móvel na França.
O balanço da primeira metade do ano continuou mostrando perspectivas diferentes para os variados negócios do grupo francês, com o crescimento sendo impulsionado pelas vendas de jogos da Activision Blizzard e pela operação da brasileira GVT.
A GVT fechou o primeiro semestre com receita líquida de R$ 1,563 bilhão, frente a R$ 1,079 bilhão no mesmo período de 2010, de acordo com cálculos da Reuters com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da operadora. O lucro líquido apurado nos seis primeiros meses de 2011 foi de R$ 262 milhões, contra R$ 111 milhões na comparação anual.
No segundo trimestre, a operadora brasileira teve alta anual de 43% na receita líquida, para R$ 815,8 milhões. Com o faturamento com serviços de telefonia fixa crescendo 31,1% e de banda larga saltando 73,4%. O lucro da GVT disparou 80,8% entre abril e junho, somando R$ 144,3 milhões, com uma expansão de 51,7% no número de linhas em serviço, para 5,25 milhões.
Os resultados da Vivendi mostraram como a companhia francesa retomou o ritmo após comprar a fatia de 44% da Vodafone na SFR, assumindo controle total sobre a segunda maior operadora de telefonia da França.
Apesar de ter maior exposição ao aumento de concorrência na França e uma grande dívida, a Vivendi também passou a ter uma estrutura financeira mais clara e melhor fluxo de caixa. O presidente-executivo Jean-Bernard Levy se pronunciou por meio de um comunicado.
– Temos agora controle total de todos os nossos ativos e simplificamos nossa organização.
Contudo, meses após a aquisição do restante da SFR, a unidade continua travando uma guerra de preços com as rivais France Telecom e Bouygues Telecom, o que pressiona as margens e tona mais difícil a manutenção e conquista de clientes.
O lucro antes de juros, impostos e amortização (Ebita, na sigla em inglês) da Vivendi subiu 3,7% no primeiro semestre, para 3,36 bilhões de euros (U$ 4,87 bilhões). Enquanto a receita cresceu 1,9% para 14,25 bilhões de euros.
Já o lucro líquido ajustado do grupo francês teve alta de 20,2%, chegando a 1,83 bilhão de euros, impulsionado por créditos fiscais ligados à compra da SFR.
Analistas consultados pela Reuters esperavam um Ebita de 3,31 bilhões de euros, receita de 14,24 bilhões de euros e lucro líquido ajustado de 1,73 bilhão de euros.