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A lenha, além de ter sua produção afetada pela fiscalização, vem sendo substituída pelo Gás LP
   
     
 


16/12/2011

A lenha, além de ter sua produção afetada pela fiscalização, vem sendo substituída pelo Gás LP
A produção no Brasil diminui. Segundo dados do IBGE, o avanço do consumo do gás e o aumento na fiscalização dos órgãos ambientais podem ser os principais motivos para essa diminuição.
 

A produção florestal em 2010 foi de R$ 14,7 bilhões, com 71,8% de participação (R$ 10,7 bilhões) da exploração de florestas plantadas (silvicultura) e 28,2% (R$ 4,2 bilhões) da exploração dos recursos vegetais naturais (extrativismo vegetal). Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, a pressão dos órgãos ambientais para coibir a retirada de produtos das florestas nativas e a fiscalização intensa levaram a uma redução no extrativismo, especialmente no que se refere a produtos madeireiros. A participação de produtos madeireiros na extração vegetal totalizou R$ 3,4 bilhões e a de não madeireiros somou R$ 778,2 milhões. Na silvicultura, os quatro produtos madeireiros somaram R$ 10,5 bilhões e os três não madeireiros, R$ 139,7 milhões.

Extrativismo

Na comparação com 2009, 16 produtos extrativos não madeireiros tiveram aumento de produção, com destaque para o grupo dos alimentícios que, com exceção da castanha-de-caju e do palmito, apresentaram acréscimo nas produções: frutos de açaí (7,3%), castanha-do-pará (7,7%), erva-mate (4,3%), mangaba (3,3%), pinhão (10,9%) e umbu (3,9%). O contrário aconteceu em quatro produtos madeireiros da extração vegetal: carvão vegetal (-8,7%), lenha (-7,9%), madeira em tora (-17%) e nó-de-pinho (-11,3%).

Assim como em 2009, os produtos não madeireiros do extrativismo vegetal que se destacaram em 2010 pelo valor da produção foram coquilhos de açaí (R$ 179,4 milhões), amêndoas de babaçu (R$ 154,8 milhões), fibras de piaçava (R$ 117,7 milhões), erva-mate nativa (R$ 100,5 milhões), pó de carnaúba (R$ 86,2 milhões) e a castanha-do-pará (R$ 55,2 milhões). Juntos, somaram 89% do valor total da produção extrativista vegetal não-madeireira.

Destes produtos, o único que não tem sua produção nos estados do Norte e Nordeste é a erva-mate, que está concentrada (99,9%) na região Sul. A região Norte destaca-se por sua participação na produção de açaí (91%) e de castanha-do-pará (96,3%). Na região Nordeste estão concentradas as produções de amêndoas de babaçu (99,4%), fibras de piaçava (96,5%) e o pó cerífico de carnaúba (100%). Houve decréscimo na quantidade obtida de quatro produtos madeireiros da extração vegetal em 2010: carvão vegetal (-8,7%), lenha (-7,9%), madeira em tora (-17%) e nó-de-pinho (-11,3%).

A maior participação relativa do extrativismo vegetal é na produção de lenha, para a qual essa atividade contribuiu com 38.207.117 m³, correspondendo a 43,8% da produção nacional de 87.265.349 m³. A lenha obtida na extração vegetal, além de ter sua produção afetada pela fiscalização, vem sendo substituída em alguns estados pelo GLP (gás liquefeito de petróleo), o que vem contribuindo também para a queda na quantidade produzida. O maior estado produtor é a Bahia, responsável por 9.263.509 m³ (24%).

A madeira em tora, objeto de intensa fiscalização, é o produto madeireiro que apresentou a maior queda na produção em 2010 (17%). Dos 12.658.209 m³ registrados, o Pará, principal estado produtor, participou com 5.763.823 m³. O estado inclui 13 dos 20 municípios maiores produtores de madeira em tora da extração vegetal, com destaque para Baião, com 628.347 m³.

Silvicultura

Dos três produtos não madeireiros originários de florestas plantadas, a produção de folhas de eucalipto, utilizada na fabricação de óleo essencial (eucaliptol), foi a que apresentou o maior aumento (51%) em relação ao ano de 2009, em razão da coleta do produto em novos municípios, impulsionados pelo bom preço praticado. A produção nacional chegou a 96.907 toneladas, sendo que o Paraná, maior estado produtor, contribuiu com 42.540 toneladas. O maior município produtor foi São João do Paraíso (MG), com 32.190 toneladas. A produção de resina alcançou 71.073 toneladas, um aumento na produção de 24,9%, em relação a 2009, principalmente por conta da ampliação da área de exploração em alguns municípios. O principal município produtor é Paranapanema com 8.377 toneladas, que fica no estado de maior produção, que é São Paulo (36.555 toneladas).

Único produto da silvicultura a apresentar decréscimo (3,1%), as cascas de acácia-negra vêm apresentando queda na sua produção nos últimos anos, devido ao baixo preço do produto. Explorada em um único estado, o Rio Grande do Sul, com uma produção de 107.171 toneladas, teve no município de Gramado (13.270 toneladas) a maior produção registrada em 2010. Da produção madeireira do Brasil, que atingiu em 2010 um total de 128.399.740 m³ de madeira em tora, 90,1% foram oriundos da silvicultura.

Do total de madeira em tora produzido pela silvicultura, 60,3% foi destinado para papel e celulose e 39,7% para outras finalidades. Já da produção nacional de carvão vegetal (4.951.207 toneladas), 69,6% foram produzidos pela silvicultura. Essas e outras informações podem ser encontradas na pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2010, que traz quantidades, comparações com 2009 e valor da produção dos principais produtos madeireiros e não madeireiros, oriundos do extrativismo vegetal e da silvicultura. A publicação completa pode ser acessada no site do IBGE.

Fonte: Consumidor RS
Autor: IBGE
Revisão e edição: Redação

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