O que um evento marcante do passado institucional do Rio Grande do Sul pode ensinar, 50 anos depois, para homens e mulheres de uma geração beneficiada pelos avanços da tecnologia e imersa em um cenário politico bem diverso, sem o fervor civico de antes?

Para o jornalista e professor Juremir Machado da Silva, palestrante do último café da manhã com politica da Unimed RS de 2011,nesta sexta-feira, dia 16, pode se extrair lições valiosas e atualizadas, sobretudo, do ponto de vista da resistência democrática do estado e da afirmação de valores éticos dos gaúchos, do Movimento da Legalidade, ocorrido sob a liderança do então governador Leonel Brizola para garantir a posse constitucional do vice-presidente João Goulart, no cargo vago pela renúncia do presidente Jânio Quadros, contrariando a vontade dos militares ciosos para antecipar o golpe que ocorreria em 1964.

O autor do livro "Vozes da Legalidade - Politica e Imaginário na Era do Rádio" (Editora Sulina, 226 páginas) disse que, durante a rememoração do cinquentenário do Movimento, ocorrido em agosto e setembro de 1961, visitou 61 municípios e ministrou mais de 80 palestras sobre o assunto, constatou situações animadoras. "A comemoração e o resgate da Legalidade nos obrigou a todos a uma reflexão sobre o tema que, no dia a dia, não fazemos", acentuou. Para uma plateia que incluiu a secretaria estadual de Comunicação Social e Inclusão Digital, Vera Spolidoro,representando o governador Tarso Genro e o secretário estadual do Gabinete dos Prefeitos, Afonso Motta, Juremir contou que também impressionou-se com a paixão dos gaúchos pela seu passado. Confessou-se deslumbrao, especialmente, pela capacidade dos riograndenses de reviver sua própria história.

Crédito: Ursula Schilling

Alcides Stumpf, Juremir, May, Vera Spolidoro, Afonso Motta e Nilso Zaffari

A reportagem do Jornal do Consumidor, que irá ao ar nesta segunda-feira dia 02/01/2012 pela Net Cidade (Canal 20), pode ser acessada no link http://www.consumidorrs.com.br/rs2/inicial.php?imgm=vi&case=7&idnot=19421