A GVT anunciou nesta quinta-feira (1º) uma receita líquida anual de R$ 3,35 bilhões, 39% maior que a registrada em 2010. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 1,39 bilhão, e a receita com serviços de banda larga, voz sobre IP e dados para empresas cresceu 50% no ano, enquanto nos serviços de telefonia fixa o crescimento foi de 32,8%. De janeiro a dezembro, foram adicionadas à base de clientes 2,09 milhões de novas linhas, sendo 567,6 mil de banda larga.
Este forte crescimento se deve em parte à expansão das operações para 22 novas cidades do país nas regiões Sudeste, Nordeste, Sul e Centro-Oeste. Em outubro, a GVT lançou seu serviço de TV por assinatura em todas as cidades onde opera, baseado no modelo híbrido que combina satélite DTH para transmissão linear de canais e rede de banda larga IPTV para todos os serviços interativos.
Vivendi
Já sua controladora Vivendi anunciou cortes de dividendos antecipando dois anos de dificuldades sem crescimento dos lucros, devido à concorrência acirrada no mercado francês. Em balanço também publicado hoje, a empresa divulgou um lucro líquido ajustado de 9,4% em 2011, ajudada pela GVT, no Brasil, e pela Activision Blizzard, de videogames.
A Vivendi, assim como a France Telecom, Telefónica e Telecom Italia enfrentam uma forte pressão regulatória, competição ferrenha e gastos com atualização de redes. O mercado doméstico da companhia francesa está sendo afetado por uma guerra de preços depois que o novo competidor Iliad lançou ofertas de telefonia móvel de baixo custo em meados de janeiro.
O presidente-executivo da empresa, Jean-Bernard Levy, prevê uma retomada do crescimento de lucratividade apenas em 2014, e destacou o forte crescimento das atividades no Brasil com a GVT, e a enorme rentabilidade dos produtos da Activision Blizzard. A companhia informou que vai reduzir o dividendo pago a investidores e os acionistas receberão uma ação para cada 30 que possuírem.