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Copom mantém ritmo e surpreende ao reduzir juros para 9,25% ao ano
   
     
 


10/06/2009

Copom mantém ritmo e surpreende ao reduzir juros para 9,25% ao ano
É primeira vez em sua série histórica que taxa fica abaixo de 10% ao ano

Maior parte dos analistas do mercado financeiro esperava corte menor.

Dividido, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central surpreendeu nesta quarta-feira (10) ao manter o ritmo de corte dos juros básicos da economia em um ponto percentual. Com a decisão, a taxa Selic caiu de 10,25% para 9,25% ao ano. Esse foi o quarto corte consecutivo dos juros.

A redução de um ponto percentual nos juros realizada nesta quarta foi igual ao recuo feito em abril. Entretanto, foi mais baixa do que o corte de 1,5 ponto percentual realizado em março de 2009 - no que foi a maior diminuição desde dezembro de 2003.

G1/G1

Mais parcimônia no futuro

Ao fim do encontro, o Copom divulgou a seguinte frase: "Tendo em vista as perspectivas para a inflação em relação à trajetória de metas, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 9,25% ao ano, sem viés, por seis votos a favor e dois votos pela redução da taxa Selic em 0,75 ponto percentual. Levando em conta que mudanças da taxa básica  de juros têm efeitos sobre a atividade econômica e sobre a dinâmica inflacionária que se acumulam ao longo do tempo, o Comitê concorda que qualquer flexibilização monetária [corte de juros] adicional deverá ser implementada de maneira mais parcimoniosa. O Copom acompanhará atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até sua próxima reunião [marcada para 21 e 22 de julho], para então definir os próximos passos da estratégia de política monetária".

Juros em um dígito

Com a decisão desta quarta, os juros básicos da economia, que servem de referência para o sistema financeiro, caíram - pela primeira vez na série histórica do Copom, que teve início em 1996 - para um dígito (jargão financeiro), ou seja, para abaixo de 10% ao ano. O patamar de 9,25% ao ano também é o menor da série desde a criação do Comitê de Política Monetária.

O corte não influenciou, entretanto, a posição do Brasil no ranking de juros reais - que são calculados após o abatimento da expectativa futura de inflação. O país segue na terceira colocação, com juros reais de 4,9% ao ano, atrás da China (6,9% ao ano) e da Hungria (5,9% ao ano). O Brasil liderava o ranking até o fim de abril, quando os juros caíram para 10,25% ao ano. 

Acima do que esperava o mercado

O corte de juros efetuado pelo Copom foi maior do que esperava o mercado financeiro. A maior parte dos analistas consultados pelo BC acreditava em um corte menor: de 0,75 ponto percentual, para 9,50% ao ano.

PIB e IPCA

A definição da taxa de juros acontece após dois anúncios econômicos importantes: o resultado do PIB do primeiro trimestre deste ano e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio de 2009.

No caso do PIB, que se retraiu 0,8% frente aos três últimos meses de 2008, os economistas avaliaram que o resultado não foi de todo ruim, uma vez que ficou abaixo da expectativa média de queda, que estava próxima de 2%. O resultado abriu espaço, segundo economistas para mais uma redução no ritmo de corte da Selic, o que não aconteceu.

Ao mesmo tempo, o IPCA de maio, que foi divulgado nesta quarta-feira, ficou em 0,47%, um pouco acima da estimativa dos analistas coletada pelo Banco Central na última semana, de 0,40%, o que também pode ser interpretado como um fator que impediria cortes mais agressivos nos juros. No ano, até maio, a inflação oficial somou 2,2%, abaixo dos 2,88% de igual período de 2008, e, em doze meses, totalizou 5,2%. 

Metas de inflação

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o Copom tem de calibrar a taxa de juros para atingir uma meta pré-determinada com base no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Ao subir os juros, atua para conter a inflação e, ao baixá-los, avalia que a inflação está condizente com as metas.

Para este ano, e para 2010, a meta central de inflação é de 4,50%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida. Mesmo com o aumento da inflação em maio, analistas ainda estimam um IPCA em torno de 4,50% em 2009.

Fonte: G1
Autor: Alexandro Martello
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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