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Consumidor precisa saber a origem da carne que compra, pedem ONGs
   
     
 


28/06/2009

Consumidor precisa saber a origem da carne que compra, pedem ONGs
Organizações querem que governo crie sistema para rastrear gado

Pecuária é acusada de favorecer desmatamento Amazônia.

Quando vai comprar uma peça de picanha ou um hambúrguer no supermercado, o consumidor precisa de onde veio aquela carne. Essa é a exigência feita por três ONGs ao governo federal, em carta pública enviada na última quarta-feira (24). As organizações pedem que seja criado um sistema de rastreamento da carne e que na etiqueta dos produtos seja indicada a fazenda de origem do gado.

O objetivo das ONGs é dar ao consumidor a possibilidade de boicotar propriedades que não respeitem regras ambientais ou trabalhistas. Estudos recentes apontam que a pecuária ocupa a maior parte das áreas desmatadas recentemente na Amazônia, além de ser um dos setores que mais concentra casos de trabalho escravo.

Foto: Valter Campanato/ABr

Nome das fazendas criadoras de gado tem que estar na embalagem dos produtos no supermercado, defendem ONGs. (Foto: Valter Campanato/ABr)

A carta é assinada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Vitae Civilis – Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz, e Repórter Brasil. 

Boicote insuficiente

Desde o início de junho, pelo menos 35 empresas, incluindo grandes redes de supermercados, declararam que vão parar de adquirir derivados de carne que venham de fazendas embargadas pelo Ibama no Pará. Parte dos varejistas já havia boicotado fazendas flagradas utilizando trabalho análogo à escravidão.

Para as ONGs, a ação das empresas é louvável, mas insuficiente. “Nossa proposta envolve um ator poderosíssimo, que quer atuar contra o desmatamento, que é o consumidor. Uma ferramenta assim irá fazer com que ele tenha instrumento para agir, já que o ato de compra é um ato político. Quando você compra um produto, você está dizendo que concorda com a maneira como ele foi feito”, defende Leonardo Sakamoto, coordenador  da Repórter Brasil.

Na carta, as organizações enfatizam que o rastreamento é uma obrigação do Estado. “O governo federal já dispõe de ferramentas que, quando integradas, seriam capazes de garantir ao consumidor a informação sobre a origem do seu produto, como as informações presentes nas Guias de Trânsito Animal, nos bancos de dados da Receita Federal do Brasil e mesmo em plataformas como o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos – Sisbov.”

Ampliar Foto Foto: MTE/Divulgação Foto: MTE/Divulgação

Trabalhador que fugiu de fazenda em Paragominas (PA) exibe cicatrizes de tortura. Ele foi queimado com ferro de marcar bois. (Foto: MTE/Divulgação)

Escravidão moderna

Segundo o último cadastro de empregadores que utilizaram mão-de-obra escrava divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 43% dos flagrantes do crime ocorreram em fazendas de gado, a maioria na Amazônia. O cadastro, publicado semestralmente pelo governo desde 2003, é conhecido como “Lista Suja do Trabalho Escravo” e reúne 196 nomes de fazendeiros e de empresas.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a maior parte dos trabalhadores encontrados nessa situação em fazendas de gado faz limpeza e manutenção de pastos, além de instalar cercas.

Fonte: Globo Amazônia
Autor: Iberê Thenório
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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