O Brasil está vivenciando duas realidades bastante distintas na telefonia: excesso de oferta nas áreas urbanas e carência nas áreas rurais. Segundo Fernando Freitas, diretor de relações institucionais da Telefônica, há hoje estocado mais de 13 milhões de linhas fixas cujos investimentos já foram feitos. " O ideal é conseguirmos trocar essas linhas que estão em excesso e realocá-las para as áreas rurais, onde há carência', defendeu.
O executivo observou, no entanto, que esta troca é apenas uma figura de linguagem, já que não dá para pegar o fio do telefone urbano e levá-lo para a área rural, pois o custo seria muito alto. "O ideal é que se crie soluções regulatórias que estimulem o uso da tecnologia sem-fio", defendeu.
Ele ressaltou que, pelos dados de 2008, esse estoque é ainda maior, já que a diferençca entre o número de telefones instalados versus o número de telefones em serviço divulgados pela Anatel é de 20 milhões. Mas ele considera um estoque menor, tendo em vista que neste neste total há diferentes critérios de aferição, entre eles, os terminais de operadora de telefonia móvel.