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Celso Tomé Rosa – vice-presidente da Infor Brasil
   
     
 


14/11/2009

Celso Tomé Rosa – vice-presidente da Infor Brasil
Gestão de ativos sustentáveis e a redução no consumo energético

Quando se fala em gestão de ativos corporativos, as empresas de manufatura estão tomando uma nova direção que vai além das melhorias na eficiência das operações: a de buscar por reduções drásticas nos custos energéticos e nos demais gastos de serviços que causam dor de cabeça no diretor financeiro.

Os altos custos industriais, como compra de equipamentos, requerem profissionais alocados para funções de manutenção e um trabalho em equipe entre gerentes e operadores para garantir que a vida útil do produto seja prolongada o máximo possível. Sob uma perspectiva tradicional de gestão de ativos, a estratégia se traduz numa simples tarefa: a de realizar a manutenção regular, de modo que a equipe seja muito bem aproveitada. Mas, em muitos casos, esta prática é essencialmente reativa, vez que a manutenção se baseia nas especificações apontadas pelo fornecedor ou porque o time responsável começa a cometer erros.

Entretanto, algumas empresas aprofundam mais nessa questão (especialmente aquelas em que a interrupção na produção ocasiona sérios problemas, como perdas significativas de material, ociosidade de recursos dispendiosos ou atraso no prazo de entrega) com a implementação de softwares que fornecem análises preditivas e apontam as falhas presentes na gestão de ativos. Com isso, enxuga-se boa parte do pessoal envolvido com inventário, reduzindo-se assim os custos de manutenção e mantendo a linha de produção em movimento.

Não faz muito tempo que encontrar meios de diminuir o uso energético está entre as pautas de muitos empresários, numa demonstração de que seus negócios são de fato ecologicamente corretos. Todavia, logo se percebeu que o caminho até lá seria um tanto quanto tortuoso, principalmente pela constatação de que com a onda verde viriam custos elevados. Mas o que era uma vontade, virou uma obrigação e a pressão sobre a redução efetiva de consumo energético passa a ser uma realidade entre as empresas, que tiveram a difícil tarefa de se adaptar a novos padrões, desfazendo-se de equipamentos antigos e nem um pouco “eco-friendly”.

Com os custos energéticos nivelados, o principal foco de preocupação das empresas passa a ser a redução dos gastos operacionais, o que as leva a adotar, inclusive, medidas imediatistas de racionamento nos processos de manutenção de equipamentos. O resultado disso? Maior desgaste do maquinário, com a consequente elevação do gasto energético, numa simples equação matemática em que uma produção reduzida que usa mais energia acarretará fatalmente a inflação no custo por unidade de produção.

Para contornar essa situação, muitas companhias vêm investindo cada vez mais na gestão de ativos sustentáveis (GAS), caracterizada bela busca de uma maior eficiência energética. O intuito da GAS é ajudar metalúrgicas e outras fabricantes a administrar melhor as condições aparentemente conflitantes de negócios, como a vida útil dos ativos versus a eficiência energética dentro da empresa.

Tal gestão inclui quatro fatores de calibragem entre um ativo e uma operação: disponibilidade, desempenho, qualidade e consumo energético. Por meio da GAS, é possível obter uma visão global da performance dos ativos da empresa, seja a partir de medidas tradicionais, seja com base no nível de energia que está sendo consumida.

Na prática, este modelo de gestão pode, por exemplo, aconselhar a troca do filtro de ar condicionado com maior frequência, indicando a utilização de um filtro mais caro para que a empresa abaixe os custos de energia da operação em médio prazo. Assim como é possível que o sistema emita alertas em tempo real quando o consumo energético em cada ativo alcance um valor predeterminado, lançando uma ordem imediata de inspeção, que evitará futuras falhas na linha de produção.

As diversas implementações no mundo corporativo de uma gestão efetiva de ativos sustentáveis têm mostrado que a diminuição no consumo energético entre as empresas tem sido em torno de 12%, sem contabilizar a economia nos custos de ordem operacional. Se a redução no consumo energético passou a ser uma imposição de mercado, alternativas como a deste novo modelo administrativo revelam-se medidas consistentes, ao passo que trazem o equilíbrio entre as finanças empresariais e o uso sustentável dos recursos do nosso planeta. 

Fonte: Assessoria BRSA
Autor: Celso Tomé Rosa
Revisão e edição: Jaqueline Crestani

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