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Como embalar a concorrência numa sacola
   
     
 


14/11/2009

Como embalar a concorrência numa sacola
A Telefônica tem R$ 7 bilhões para comprar a GVT, mas organismos de defesa do consumidor temem que o único objetivo seja impedir a entrada da francesa Vivendi no Brasil

Denis Doyle/BloombBerg

Telefônica ou Vivendi: quem deve levar a GVT? gigante francesa do setor de multimídia Vivendi ganhou aliados improváveis na semana passada: as instituições de defesa do consumidor, como Idec e Pro Teste. Elas questionam se a operadora espanhola teria fôlego para pagar os R$ 7 bilhões, valor estimado para a aquisição, e ao mesmo tempo bancar os investimentos de R$ 2,4 bilhões na melhoria da qualidade dos serviços previstos para 2009.

Mas não foram apenas os órgãos de defesa do consumidor que gritaram contra a Telefônica. A TelComp, que representa as prestadoras de serviço de telecomunicações, também se mostrou contrária ao negócio entre a espanhola e a GVT, operadora que nasceu no Sul, já atua no Centro-Oeste do País e anunciou recentemente planos de expansão para os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Para a associação, o interesse da Telefônica é eliminar um concorrente em potencial, no caso a Vivendi, que também fez uma oferta de cerca de R$ 6 bilhões pela GVT.

O Ministério Público Federal foi outro a se manifestar, abrindo em São Paulo uma consulta pública para discutir os desdobramentos da aquisição. Em um mercado tradicionalmente sem concorrência, a entrada da Vivendi traria um sopro de competição ao setor de telefonia fixa. Na França, um pacote mensal com ligações fixas ilimitadas, 140 canais de tevê digital e 20 MB de banda larga custa 30 euros, segundo a TelComp.

A Telefônica cobra R$ 78,85 mensais por apenas 2 MB e sem nenhum serviço adicional. Além de não ser muito bem vista pelos preços cobrados, a operadora espanhola tem se notabilizado no Brasil por problemas com seus serviços. Nos últimos 12 meses, enfrentou falhas na telefonia fixa e na banda larga. O apagão da internet foi punido pela Anatel, que proibiu a empresa de vender o Speedy por dois meses.

Na ocasião, a companhia apresentou um plano de investimentos em melhorias. ex-presidente da Vésper, Virgílio Freire, em entrevista à DINHEIRO, questionou o valor do socorro anunciado pela Telefônica para a reformulação do Speedy. Segundo ele, a espanhola não está comprando nenhum equipamento. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) destaca que, se a Telefônica comprar a GVT, vai ter bem menos dinheiro disponível para investir nos produtos que oferece, o que não seria nada razoável do ponto de vista do consumidor.

Mas, segundo o vice-presidente financeiro da Telefônica, Gilmar Camurra, um investimento não exclui o outro. "Temos capacidade de financiamento suficiente para fazer os dois", diz o executivo. A Telefônica defende que o objetivo é aumentar o potencial de crescimento no País. " Evitar a entrada da Vivendi seria consequência e não prioridade", afirma o executivo.

Na quinta-feira 12, a Anatel lavou as mãos e concedeu a anuência prévia para que tanto a espanhola, por meio da subsidiária Telesp, quanto a Vivendi possam se candidatar à aquisição. No mercado, cresceu a expectativa da vinda ao Brasil do presidente mundial da Telefônica, César Alierta Izuel. Especula-se que ele venha para fechar o negócio com a GVT e empacotar a concorrência.

Fonte: ISTOÉ Dinheiro
Autor: Carolina Matos
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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