O requerimento, de autoria do conselheiro José Zunga, será votado na próxima reunião do órgão, marcada para sexta-feira (27) e a audiência deve ocorrer no início de dezembro.

Segundo Zunga, a preocupação é com a política de geração e manutenção de empregos na GVT e os modelos de competição e de relação com o usuário que serão adotados. “Como a Vivendi não opera no Brasil, é natural que queiramos saber mais sobre os planos do grupo no país”, disse.

Zunga já enviou uma consulta informal aos outros conselheiros, pedindo apoio ao requerimento. Ele se preocupa especialmente com uma eventual mudança na política de emprego da GVT. “Essa empresa tem um baixíssimo grau de terceirização, o que é raro no mercado, prática que gostaríamos que fosse mantida”, adiantou. Além disso, o conselheiro quer saber dos planos de inovação que a nova GVT irá implantar no país. A expectativa é de que a empresa entre na telefonia móvel, seja por meio de compra de frequência da banda H, que deverá ser leiloada no início do próximo ano, ou por intermédio da compra de operadora já em atuação no mercado.

Outra dúvida diz respeito ao interesse do grupo Vivendi, um dos líderes mundiais de entretenimento, em produzir conteúdo no país. O grupo francês adquiriu a GVT este mês por mais de R$ 7 bilhões, após aprovação da anuência prévia pela Anatel, em forte disputa com a Telefônica.