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Novo mercado de cartões favorecerá consumidores
   
     
 


22/11/2009

Novo mercado de cartões favorecerá consumidores
Eles serão beneficiados com pagamentos eletrônicos, segundo analistas

O fim da exclusividade da Cielo (ex-VisaNet) e da Redecard, que administram as bandeiras Visa e Mastercard, respectivamente, permitirá o uso de uma só máquina de cartão de crédito para transações de mais de uma bandeira.

 

Assim, os lojistas passarão a ter menores custos com o aluguel das máquinas. “Sob o ponto de vista do consumidor, pode haver uma redução de custos no médio e longo prazos”, diz William Eid Junior, coordenador do núcleo de Finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Laura Lyra Schuch, analista da corretora Ativa, diz que o benefício acontecerá principalmente nos pequenos estabelecimentos, que poderão reduzir o número de máquinas. “Empresas que atendem vários clientes continuarão a precisar de várias máquinas, então para esses a redução não será tão expressiva”, afirma Schuch.

Além da redução dos custos do aluguel das máquinas, ela acrescenta que haverá pressão nas taxas cobradas às lojas para operação dos cartões. Segundo Schuch, a redução deverá acontecer “aos poucos, mas já a partir de 2010”.

Em relatório sobre as companhias do setor, analistas do Goldman Sachs concordam que a concorrência entre Cielo e Redecard “levará a menores taxas pagas pelos comerciantes e menores receitas com aluguel de POS [máquinas para cartões]”.

Novos players

Com a oportunidade de  disponibilizar várias bandeiras a seu cliente com a contratação de apenas um credenciador, os estabelecimentos comerciais poderão escolher aquele que oferecer taxa e aluguel mais atrativos.

A opção não se dará apenas entre Cielo e Redecard, já que o fim da exclusividade das credenciadoras será também o fim “duopólio” atual do mercado – a Redecard já deixou seu contrato exclusivo com a bandeira Mastercard, equanto a Cielo fará o mesmo com a Visa em junho de 2010, quando passará a administrar também a bandeira da Mastercard.

Na última terça-feira, o Santander comunicou que está “em negociações avançadas” com a gaúcha GetNet para operar no mercado de captura e processamento de transações com cartões. Segundo os analistas do Goldman Sachs, a Getnet, uma vez associada a uma instituição financeira, é forte candidata para obter licenças da Mastercard e da Visa. A empresa já está em todos os Estados, em mais de quatro mil cidades.

Além dos grandes bancos, espera-se que o negócio atraia também as principais cadeias de varejo nacionais.

Diante das perspectivas de entrada de novos credenciadores no mercado, a CSU Cardsystem, processadora de cartões, anunciou também nessa semana a ampliação de sua atuação. “Estamos oferecendo uma nova solução que possibilita que os novos concorrentes atuem num mercado antes dividido entre Redecard e Cielo”, diz Decio Burd, diretor de Relações com Investidores da CSU.

A CSU Cardsystem oferecerá, além de processamento, rede de captura, gestão de rede e operação de cartões.

Mercado a ser explorado

Apesar da competição mais acirrada entre atuais e futuras credenciadoras, é consenso entre analistas e empresas que o mercado brasileiro de pagamentos eletrônicos tem potencial de crescimento. Além da expansão nos serviços convencionais, as empresas também buscam a diversificar sua atuação.

“O mercado brasileiro ainda não é suficientemente maduro e precisa ser mais bem explorado”, diz Roberto Medeiros, presidente da Redecard. Atualmente, o volume transacionado por meio de cartões de crédito e débito no Brasil está em torno de 21% do PIB. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, as transações variam de 45% a 46% com relação ao PIB, segundo Medeiros.

Diversificação será a principal estratégia das operadoras. “As empresas buscarão novos clientes e o número de estabelecimentos credenciados vai aumentar”, comentou Schuch, da Ativa.

Além disso, a recuperação econômica, associada a melhores condições de crédito ao consumidor, deve aumentar o volume de transações com cartões no Brasil, diz a Goldman Sachs.

Cielo e Redecard

Para Romulo de Mello Dias, presidente da Cielo, o crescimento do mercado irá compensar a perda de participação de mercado que a empresa venha a ter com a entrada de novos concorrentes.  “Além de buscar novos clientes, ofereceremos novos serviços”, afirma Dias. Como exemplos, ele cita aqueles que visam aumentar o potencial de uso do cartão de crédito, como o fornecimento de linhas de crédito para fazendeiros, serviço que a empresa já oferece.

Outro lançamento da Cielo é “POS Comunitário”, que permite que até 30 pessoas ou estabelecimentos, como hospitais, pequenos comerciantes, feirantes e médicos utilizem o mesmo terminal. A Cielo pretende ainda atuar na prestação de serviços de avaliação de sinistros, educação e turismo, entre outros.

Já a Redecard pretende ampliar as fontes de receita com produtos como antecipação de recebíveis, recarga de celular, validação de cheques, cartões-benefício e com a atuação em novos nichos, como profissionais autônomos e setores como saúde, educação, turismo e distribuição.

Na semana, as ações da Cielo e da Redecard recuaram 7,79% e 4,07%, respectivamente, pressionadas pelas perspectivas de aumento da competitividade do mercado de cartões e pela decisão do governo brasileiro de cobrar IOF de 1,5% sobre as novas emissões de ações no exterior. Enquanto isso, Santander e CSU Cardsystem acumularam ganho semanal de 2,44% e 15,94%, respectivamente.

Fonte: Último Segundo
Autor: Olivia Alonso
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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