Tanto crianças, quanto idosos precisam estar atentas às formas de prevenção ao câncer de pele. No entanto, os mais jovens exigem cuidados ainda mais específicos quando se trata de proteção à radiação solar, por estarem constantemente em contato com a água, seja do mar ou da piscina, e com o sol, fator que reduz o tempo de efeito do protetor solar.
A médica dermatologista e associada da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Vanessa Maria Mendes Martins Pinto, alerta que, até os seis meses de idade, o contato direto ao sol é extremamente prejudicial à saúde da criança.
– Antes dos seis meses, a exposição ao sol não é indicada. Não existe um protetor seguro. Após essa idade, orientamos o uso de protetores solares, com fator de proteção 50 ou mais. Como crianças passam muito tempo na água, é importante estar atento à reaplicação do produto.
A dermatologista também chama atenção para os cuidados especiais com as crianças e a necessidade de, desde cedo, ensiná-las a importância de se protegerem da radiação solar.
- As crianças devem ser conscientizadas nas escolas, pois, nessa idade, são muito receptivas a informações e acabam difundindo esse hábito na família - finaliza Vanessa.
Pensando na necessidade de explicar às crianças de forma lúdica e atrativa sobre a necessidade dessas medidas, em dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) realizou ações em escolas de Porto Alegre para falar com crianças e pais a respeito dos cuidados com a pele e a prevenção de doenças.
A atividade integrou a iniciativa “Sol, amigo da infância”, que busca desenvolver hábitos de proteção em alunos de 5 a 10 anos. Para chamar atenção das crianças e criar um ambiente divertido, os materiais desenvolvidos pela campanha foram todos com a temática infantil como filme e gibis da Turma da Mônica.