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Não sei onde erramos, mas tudo se perdeu!
   
     
 


20/12/2019

Não sei onde erramos, mas tudo se perdeu!
Artigo de Nelson Luiz Spiazzi Jr, funcionário público federal

Nasci em Porto Alegre Rio Grande do Sul. Ir à escola com os colegas, era coisa que fazíamos rindo e papeando, sem nos preocuparmos com nada e, quando chovia ainda ia chutando a água, por dentro das valetas, mas o que realmente importava era ir à escola. Não tínhamos bolsa família e nem vale gás. Não tínhamos google, nem celular. As pesquisas de escola eram feitas em bibliotecas. Eram escritas a mão e tínhamos que ficar em silêncio na biblioteca é isso não ganhava ponto era critério para estar ali. 

Tínhamos dever de casa para fazer e a educação física era de verdade, depois de saber a teoria, tinha direito a corrida em volta da quadra, jogo de futebol para os meninos e vôlei para as meninas, handebol para ambos. 

Na escola tinha a dentuça, o gordo, a vassoura, o leitão, a magrela, anão, o nariz de porco, quatro olhos, a macaca, o narigudo, a baleia, o liquinho, o preto e o branco... heheh. Todo mundo era zoado, às vezes até brigávamos, mas logo estava tudo resolvido pela escola e seguia a amizade. Era brincadeira e ninguém se queixava de bullying (e se chegasse em casa chorando, apanhava dos pais). Existia o valentão, mas também existia quem defendesse.

Merenda, na escola era macarrão, sopa, mingau, leite com chocolate e bolacha Maria, canja de galinha, arroz com frango (pensa numa gororoba boa) e tinha fila para repetir a merenda. 

Cantávamos o hino nacional com a mão no peito e com orgulho e ai de quem cantasse errado, cruzasse os braços ou aplaudisse após cantar o hino, aprendíamos muito valor e respeito com o país!

O famoso "kisuco" que com $0,10 centavos comprávamos e era o único pó que conhecíamos. Fazíamos 5 litros com um pacotinho e quase 1/2kg de açúcar, a língua ficava colorida.

Época que ser gordinho (a) era sinal de saúde e se fosse magro, tínhamos que tomar o Biotônico Fontoura, Buclina ou Emulsão Scoth (o remédio do peixe). A frase "peraí mãe" era para ficar mais tempo na rua e não no computador.

Colecionava-se figurinhas, papéis de carta, bonecas de papel e tampinhas de refrigerante premiadas. As brincadeiras eram saudáveis, brincávamos de bater em figurinhas e não nos colegas e professores.

Adorava quando a professora usava mimeógrafo e aquele cheiro do álcool tomava conta da sala... Brincávamos de jogar stop, de casinha, de dar aula imitando a professora. Na rua era jogar bola, jogar taco, bolinhas de gude, esconde esconde, queimada, pega pega, andar de bicicleta, pular corda, amarelinha, pular elástico, dançar e cantar.

Não importava se meu amigo era negro, branco, pardo, rico, pobre, gordo, magro, menino, menina, todo mundo brincava junto e como era bom. Bom não, era maravilhoso!

Assistia pica-pau, Tom e Jerry, Penélope Charmosa, ursinhos carinhosos, TV colosso, fofão e vários outros. 

Que saudades dessa época em que a chuva tinha cheiro de terra molhada! Época em que nossa única dor era quando usávamos mertiolate nos machucados ou nossa mãe colocava açúcar ou sal para estancar o sangue.

Éramos felizes em comparação com esse mundo de hoje onde tudo se torna bullying.

Nossos pais eram presentes, educação era em casa, até porque, ai da gente se a mãe tivesse que ir à escola por aprontarmos. 

Nada de chegar em casa com algo que não era nosso, desrespeitar alguém mais velho ou se meter em alguma conversa. Tínhamos que levantar para os mais velhos sentarem, ajudar a carregar as sacolas, para diminuir o peso, parar a bola para as pessoas passarem, dizer sempre "obrigado, por nada e por favor".

Fico me perguntando, quando foi q tudo mudou e os valores se perderam e inverteram dessa forma? 

Ahhh como era bom!!!! 

Se vc também é dessa época, compartilhe, cole no seu mural no Facebook, mude o que for incompatível.

Valores que temos que respeitar!

Fonte: Nelson Luiz Spiazzi Jr
Autor: O autor
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte
Autor da foto: Arquivo pessoal


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