O exame de habilitação para os médicos exercerem a profissão pode tornar-se uma exigência a exemplo do que ocorre com advogados.

Nesta quinta-feira (21), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) recebe o representante do Conselho Federal de Medicina (CFM) e diretor científico do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Emílio da Silva, para debater o mecanismo que pode determinar se o graduado está ou não em condições de exercer a profissão. O debate ocorrerá durante reunião plenária, a partir das 18h, na sede do Cremers.

A discussão, já iniciada pelos Conselhos Regionais de Medicina, está sendo ampliada devido à necessidade de defesa da boa formação profissional para qualificar o atendimento prestado à população.

Uma das pautas prioritárias do Cremers é a excelência na formação médica e o combate à abertura desenfreadas de vagas e escolas de Medicina. “Cerca de 80% das faculdades do Rio Grande do Sul têm alguma deficiência no ensino. A melhor formação médica pode resolver 80% dos problemas dos pacientes na Atenção Básica”, afirma o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.

A Resolução Cremego 100/2017 criou o exame para médicos recém-formados em Goiás, por considerar que o adequado exercício da Medicina passa fundamentalmente pela boa formação médica no curso de graduação. Para isso, é necessária avaliação externa e independente do ensino médico recebido na instituição, visando à adoção de medidas para sanar deficiências encontradas.