O comércio eletrônico brasileiro deve ganhar 4 milhões de novos consumidores online neste ano, chegando a uma base de mais de 17,2 milhões de compradores na web, segundo a consultoria e-bit.
As mulheres – que já ultrapassaram os homens, com 51% de participação nas compras online – e a classe C, que já movimenta 42% do e-commerce brasileiro, devem influenciar o aumento na base de e-consumidores.
De acordo com a entidade, a crise não estancou o crescimento do e-commerce nacional, que deve faturar mais de R$ 10 bilhões neste ano, crescendo entre 20% e 25%.
“Por ser um segmento novo, o comércio eletrônico apresenta uma taxa de crescimento que nenhum outro tem. Os sites de comparação de preço online serão ferramentas de decisão importantes para o consumidor neste momento”, avalia o diretor geral da consultoria, Pedro Guasti.
Apesar do cenário otimista, Guasti afirmou que o setor sofreu desaceleração no último trimestre de 2008, o que levou a receita das vendas online a fechar o ano em R$ 8,2 bilhões, abaixo da previsão inicial entre R$ 8,5 milhões e R$ 8,6 milhões. Já nos dois primeiros meses de 2009, o comércio eletrônico ganhou força, crescendo 25% ao mês.
Mesmo com vendas maiores, a consultoria prevê para este ano uma estagnação no valor médio gasto pelo internauta em R$ 328, mesmo valor do ano passado, graças a uma competição acirrada das lojas virtuais em preço e condições de parcelamento.
Um estudo feito pela e-bit em conjunto com a Lumens Consultoria Digital revelou ainda que o consumidor está mais cauteloso em relação ao cenário econômico. Dos e-consumidores ouvidos, 73% disseram acreditar que o Brasil está em crise e 68% afirmaram que estão comprando menos.
Categorias com maior ticket médio, como informática (11%) e eletrônicos (9%), já perderam espaço para os livros, que responderam por 17% das vendas online em 2008.