No exercício 2010 (ano-base 2009), a classe média brasileira deixou de ser a mais tributada pelo Imposto de Renda na América do Sul, revelou a Ernst & Young.
Isso aconteceu porque foi ampliado o número de faixas de tributação no Brasil, que antes eram três (zero, 15% e 27,5%) e passaram a cinco (zero, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%). “A introdução de alíquotas intermediárias torna a tributação mais justa”, disse a sócia da área de Imposto de Renda para Pessoa Física da Ernst & Young, Tatiana da Ponte.
Desta forma, a classe média brasileira passou a ser tributada em 22,5% e perdeu o posto da que paga mais Imposto de Renda na América do Sul para a Argentina, onde esta parcela da população arca com uma alíquota de 27%.
Alíquota por país
Na Argentina, existem sete faixas de arrecadação do IR, que variam de 9% a 35%, com um percentual de tributação sobre a classe média de aproximadamente 27%.
No Chile e na Venezuela, por sua vez, são oito faixas, sendo que no primeiro país a variação é de 5% a 40% e no segundo, de 6% a 34%. Em ambos os casos, a tributação média sobre a classe média é de 20%.
No caso do Peru, são apenas três faixas de tributação, que variam de 15% a 30%, com uma alíquota sobre a classe média de 15%. Já na Bolívia existe apenas uma faixa de arrecadação, de 13%, que também é aplicada sobre essa parcela da população.
No Uruguai também existem três faixas, que variam de 10% a 25%, sendo que a classe média tem uma tributação média de 15%. No Paraguai, o governo determinou que a tributação sobre a renda da pessoa física deva começar este ano. Após entrar em vigor, a estimativa é de que a classe média seja tributada em aproximadamente 10%.