TV CONSUMIDOR Masper TV ONLINE TOP Consumidor NOTÍCIAS RECOMENDAMOS QUEM SOMOS CONTATO  
Farmácias aceleram expansão, de olho na bolsa
   
     
 


10/03/2010

Farmácias aceleram expansão, de olho na bolsa
Quatro grandes redes de drogarias do País, Pague Menos, Drogasil, Drogaria São Paulo e Droga Raia, vão acelerar a expansão neste ano

Cada uma delas prevê abrir 40 lojas pelo menos, o que será um número recorde de inaugurações no varejo farmacêutico. Tanto a Pague Menos como a Drogaria São Paulo e a Droga Raia avaliam que este é um bom ano para engordar suas receitas para, então, lançar ações na Bovespa em 2011 ou 2012.

Das cinco grandes cadeias de farmácias, só a Drogasil é listada na bolsa. E o bom desempenho dos seus papéis encoraja os concorrentes. Nos últimos 12 meses, as ações da companhia valorizaram 226,8%, enquanto a cesta do Ibovespa avançou 89,4%.

A euforia entre os empresários do varejo farmacêutico deve-se, basicamente, a dois fatores. Com o aumento da renda da população, o consumo de remédios e produtos de higiene e beleza crescem a taxas de dois dígitos, acima de outros segmentos. E as grandes cadeias conseguiram ganhar mercado das pequenas drogarias - com a nota fiscal eletrônica e o regime de substituição tributária em São Paulo, o grau de sonegação de impostos diminuiu nos últimos dois anos, o que tirou a vantagem das farmácias que escapavam do fisco.

A expansão do varejo de artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria foi de 11,8% em 2009, segundo o IBGE, enquanto o comércio de forma geral cresceu 5,9%.

As quatro grandes redes de farmácias cresceram ainda mais que o mercado, com uma expansão superior a 20% em 2009, e a previsão é de que, em 2010, esse forte ritmo seja mantido. Se confirmado esse cenário, as maiores cadeias de drogarias vão superar pela primeira vez na história a marca de R$ 2 bilhões de faturamento.

A Pague Menos, de Fortaleza (CE), faturou R$ 1,87 bilhão em 2009, 20% mais do que em 2008, e obteve uma geração de caixa (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização - lajida) em torno de R$ 102 milhões. Francisco Deusmar de Queirós, controlador da rede, projeta uma receita de R$ 2,2 bilhões neste ano, quando prevê alcançar a marca de 400 lojas. "Pensamos em abrir o capital, mas só em 2012", diz o empresário, que quer chegar, para isso, a uma geração de caixa em torno de R$ 120 milhões ao ano.

Gilberto Martins Ferreira, que assumiu a presidência executiva da Drogaria São Paulo em outubro, afirma que, além de inaugurar um recorde de 40 lojas em 2010, outras 30 unidades serão reformadas. As vendas da rede cresceram 21% em 2009, totalizando R$ 1,72 bilhão, e Ferreira prevê uma expansão de 20% pelo menos neste ano. O lançamento de uma drogaria on-line também está nos planos para 2010, mas, se confirmado, sairia no segundo semestre.

Sobre a abertura de capital, o presidente da São Paulo responde que "2010 ainda não é um ano para isso". "Mas vamos pensar no assunto em 2011". A rede já audita balanços há oito anos. Em 2009, segundo Ferreira, a margem líquida de lucro foi de 2,1% no braço operacional. "As margens no varejo farmacêutico são muito justas", diz Ferreira, para quem não será o avanço dos hipermercados no setor que vai tornar o mercado mais competitivo.

As vendas brutas da Drogasil cresceram 35%, totalizando R$ 1,79 bilhão em 2009. Para 2010, a varejista anunciou planos de abrir 40 lojas em 2010. Em 2009, o lucro da rede foi de R$ 74,6 milhões, 46% maior que o de 2008.

A Droga Raia apresentou uma taxa ainda mais robusta de crescimento em 2009, de 39%. "Nós dobramos o faturamento em dois anos e duplicamos o nosso número de lojas nos últimos três anos", afirma Eugênio de Zagottis, vice-presidente comercial da rede, que prevê inaugurar 40 lojas e elevar as vendas em 30% em 2010. A abertura de capital é algo que a companhia considera fazer em 2011 ou 2012. "É difícil precisar quando", diz Zagottis.

O executivo não enxerga, porém, um grande interesse dos empresários do setor em vender suas redes no momento, as maiores cadeias pelo menos. "Há a oportunidade de crescer e valorizar as empresas", avalia Zagottis.

Polêmicas, novas regras da Anvisa não vigoram

Duas medidas impostas em fevereiro pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), causaram polêmica no varejo farmacêutico, que conseguiu liminares na Justiça para impedir que entrem em vigor. As novas regras não devem ter efeitos drásticos sobre o faturamento das grandes redes, mas o setor se queixa de uma regulamentação excessiva.

A medida que mais irritou as farmácias foi a proibição de expor os medicamentos sem prescrição médica, como Aspirina, em prateleiras. A Anvisa quer que esse produtos estejam atrás do balcão para inibir a automedicação. Na avaliação de executivos do setor, a medida desrespeita a capacidade de escolha do consumidor e dificulta a comparação de preços. Mas já há lugares onde isso é feito, como o Paraná.

A outra medida polêmica foi o impedimento de que as farmácias vendam produtos que não estejam relacionados a saúde, higiene e beleza, como alimentos. Francisco Deusmar, da Pague Menos, critica a "miopia" da Anvisa. Em alguns locais no Nordeste, as lojas da rede funcionam como postos de conveniência. Nessas unidades, a Pague Menos vende até sorvete e refrigerante. "Somos o quarto maior vendedor de sorvete no Nordeste", diz Deusmar.

As redes de farmácias ganharam espaço na venda de produtos de higiene e beleza. Segundo a Nielsen, o gasto médio por compra desses itens nas drogarias cresceu de R$ 10,7 em 2008 para R$ 11,6 em 2009. Somando todas as vezes que foi à farmácia, o gasto desses produtos cresceu de R$ 49,4 em 2008 para R$ 58,1 em 2009. As pesquisas mostram que em categorias como protetor solar, creme para o rosto, tintura para cabelo e desodorante as farmácias vendem bem mais que outros canais, como supermercados.

Fonte: Valor Econômico
Autor: Claudia Facchini
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

Imprimir Enviar link

   
     
 
Comentários
 0 comentários


   
       
     


     
   
     
   
     
 



























 
     
   
     
 
 
 
     
 
 
     
     
 
 
       

+55 (51) 2160-6581 e 99997-3535
appel@consumidorrs.com.br