A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado, que são influenciados também por outros fatores, como o risco de quem pegou o dinheiro emprestado não pagar a dívida.

Ela é usada nos empréstimos interbancários (entre bancos) e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais.

É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes. Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic.

Além disso, outras variáveis estão envolvidas na formação das taxas de empréstimos, como a inadimplência, a margem de lucro dos bancos, a carga de impostos sobre operações financeiras e o custo administrativo das agências.
 
A taxa Selic está atualmente em 8,75% ao ano, mas pode subir na próxima semana, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que começa na terça-feira (16) termina na quarta-feira (17).
 
Para se ter uma ideia, a taxa média de juros do cheque especial cobrada pelos bancos está em 174,74% ao ano, e os juros dos empréstimos pessoais encontram-se em 83,13% ao ano, segundo pesquisa do Procon-SP realizada no último dia 2.