A Oi conquistou 5,9 milhões de novos clientes em 2009, encerrando o ano com base de 61,9 milhões de usuários, aumento de 10,6% em relação a 2008. No fim de dezembro, a empresa possuía 21,3 milhões de clientes em telefonia fixa, 36,1 milhões em telefonia móvel, 4,2 milhões em banda larga fixa e 234 mil em TV por assinatura. A receita brutaconsolidada chegou a R$ 45,7 bilhões, aumento de 4% em relação ao ano anterior. Como em 2009, a performance de 2008 apresentada considera os números da Brasil Telecom com o objetivo de possibilitar a comparação dos resultados dos dois anos.
“A expansão foi liderada pelos serviços de banda larga e de telefonia móvel, que juntos passaram a representar mais de 65% da base de clientes da companhia. As receitas de telefonia móvel e dos serviços de comunicação de dados representam juntas 41% do total do faturamento da Oi”, ressalta Alex Zornig, diretor de Finanças e Relações com Investidores da Oi.
A base de clientes da companhia na telefonia móvel apresentou maior percentual de crescimento no país, chegando a 20,4%, contra 15,5% da média nacional. Entre as quatro operadoras móveis com cobertura nacional, a Oi foi a única que apresentou aumento de market share no país ano passado. A participação da empresa nesse mercado passou de 19,9%, em dezembro 2008, para 20,8% no mesmo mês de 2009.
Na telefonia móvel, o resultado refletiu principalmente o bom desempenho das operações no Estado de São Paulo, onde a Oi passou a atuar em outubro de 2008. Pouco mais de um ano após o lançamento em São Paulo, em dezembro de 2009, a Oi contava com um total de 5,4 milhões de clientes no estado, alcançando 12% de market share. Somente em 2009, a empresa adicionou cerca de 3,4 milhões de clientes no estado. O lançamento do portfólio de ofertas da Oi na Região II, área da antiga BrT, também contribuiu para o crescimento da telefonia móvel.
Outro destaque no ano foi o lançamento comercial da TV por assinatura via satélite (DTH) em julho. Presente em cinco estados do país – Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina – o serviço apresentou desempenho superior às expectativas iniciais, alcançando 26% das adições do mercado a partir de julho. Incluindo os serviços via cabo e DTH, a Oi TV registrou um acréscimo de 173 mil novos assinantes em 2009, totalizando base de 234 mil clientes.
“Um ano após a compra da Brasil Telecom, a Oi consolidou sua presença nacional e se tornou a principal provedora de serviços de telecomunicações do País, oferecendo telefonia móvel, fixa, transmissão de dados e banda larga e TV por assinatura. A Oi é a única realmente integrada e quadruple-play nacional. Todas as sinergias estimadas com a aquisição da BrT foram capturadas, o que demonstra o sucesso da integração operacional das duas empresas em tempo recorde,” afirma Zornig.
A companhia ampliou sua rede própria de fibras ópticas para praticamente todo o território nacional e faz conexão internacional com América do Norte, Venezuela e Bermudas. “Trata-se do maior e mais capilar backbone de transmissão de dados do país”, acrescenta o executivo.
Até o final de 2010, todas as sedes de municípios da área de atuação da Oi na telefonia fixa contarão com backhaul (infraestrutura para conexão de banda larga). “A empresa também oferecerá comercialmente acesso à Internet em banda larga em todas as cidades das regiões I e II até o final deste ano. Com isso, vamos antecipar em um ano as obrigações estabelecidas pela Anatel para oferta de banda larga no país”, destaca Zornig.
Investimentos – A empresa investiu R$ 5,1 bilhões em 2009, sendo 52% destinados à telefonia fixa e 48% à telefonia móvel. Na telefonia fixa, os investimentos foram voltados, principalmente, para expansão do serviço de banda larga Oi Velox e para inclusão digital das escolas públicas. Na telefonia móvel, foram realizados investimentos significativos para ampliação da capilaridade e capacidade das redes 2G e 3G em todo o Brasil. As plataformas de serviços de voz e dados da Oi e da BrT também foram integradas, permitindo o lançamento das ofertas da Oi em todas as regiões.
Ebitda – O Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciações e amortizações) consolidado recorrente atingiu R$ 9,9 bilhões no ano, com margem de 33%. O resultado foi impactado por custos adicionais relacionados às operações móveis em São Paulo, ainda em fase de lançamento, e à uniformização de práticas contábeis entre Oi e BrT. Sem este impacto, o Ebitda recorrente de 2009 teria permanecido estável em relação ao de 2008.
Resultado líquido – A companhia fechou 2009 com resultado líquido negativo de R$ 436 milhões. Esse resultado é decorrente dos eventos relativos ao Ebitda, pela amortização dos valores referentes à aquisição da Brasil Telecom e por distorções fiscais temporárias relacionadas ao ágio pago pelo controle da companhia. O resultado líquido também foi impactado pelo aumento das despesas financeiras, em função do crescimento da dívida líquida.
Endividamento – Ao fim de dezembro, a dívida líquida da empresa era de R$ 21,9 bilhões. Apesar do aumento em relação a 2008, a situação da dívida permanece sob controle para os próximos anos, considerando a forte geração de caixa da companhia. A Oi mantém política de baixa exposição cambial, que ao final de dezembro era de apenas 0,8% da dívida total.
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