Em março, o brasileiro gastou 0,45% a mais para construir, segundo informações do INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção) da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta sexta-feira (26).
A variação é 0,10 ponto percentual maior do que a registrada em fevereiro, quando o índice ficou em 0,35%. Nos últimos 12 meses, o INCC-M, que é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês atual, tem variação acumulada de 4,12% e, passados três meses de 2010, a taxa é de 1,32%.
Grupos
Em março, o grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou alta de 0,49%, resultado maior do que o apurado no segundo mês do ano, de 0,47%. A maior contribuição para o aumento do grupo veio do subgrupo materiais e equipamentos, que passou de 0,40% para 0,45% no período analisado, com destaque para instalação hidráulica, que subiu 1,45%. O subgrupo serviços teve alta de 0,66%, recuo de 0,10 pontos percentuais, em relação ao mês anterior (0,76%).
No que diz respeito ao grupo Mão de Obra, a variação foi de 0,40% em março, frente a 0,22% um mês antes. Aqui, a maior contribuição para a aceleração foi do item especializado, cujo índice ficou em 0,50%.
No geral, as maiores influências positivas para o resultado apurado no terceiro mês do ano foram as seguintes: tubos e conexões de PVC (2,23%), vergalhões de aço ao carbono (0,82%), engenheiro (0,75%), ajudante especializado (0,45%) e servente (0,38%).
Por outro lado, as quedas nos preços de produtos como massa corrida para parede/PVA (-0,59%), argamassa (-0,56%), madeira para telhados (-0,55%), compensados (-0,44%) e perna 3x3/estronca de 3ª (-0,28%) ajudaram a conter a alta do índice.
Capitais
Considerando as sete capitais estudadas pela FGV, no terceiro mês de 2010, o valor gasto para construir subiu mais em Salvador (1,58%), conforme é possível ver na tabela a seguir:
Cidade |
Fevereiro de 2010 (%) |
Março de 2010 (%) |
Salvador |
0,75 |
1,58 |
Brasília |
0,22 |
0,25 |
Belo Horizonte
|
0,44 |
0,59 |
Recife |
0,26 |
0,10 |
Rio de Janeiro |
0,27 |
0,13 |
Porto Alegre
|
0,19 |
0,45 |
São Paulo |
0,35 |
0,33 |