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TV 3D e rede Wi-Fi, as novidades da Net para este ano
   
     
 


29/03/2010

TV 3D e rede Wi-Fi, as novidades da Net para este ano
Com um lucro recorde, de R$ 736 milhões, em 2009, operadora espera repetir o bom desempenho este ano

ImageCom um lucro recorde, de R$ 736 milhões, em 2009, a Net espera repetir o bom desempenho este ano. Para isso, a operadora aposta em novidades, como a TV 3D, cujas transmissões experimentais foram feitas quase em sintonia com o mercado externo. Segundo Marcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da Net, ainda este ano o aparelho de TV 3D chega nos lares brasileiros.

A empresa está atenta também ao grande volume de tráfego gerado pelos smartphones e, para capturar uma fatia desse tráfego gerado dentro de casa, a operadora está trabalhando para oferecer rede sem-fio de banda larga Wi-Fi. Pretende também internalizar a fabricação do conversor com gravador digital, hoje importado do México. "Dado o aumento de volume, estamos promovendo uma concorrência e vamos trazer toda a produção para o Brasil", conta o executivo.

Tele.Síntese - A Net anunciou que vai investir este ano R$ 200 milhões em TV digital, alta definição e 3D, na tentativa de oferecer o serviço a seus assinantes até o final de 2010. Quais os principais desafios a serem vencidos para que isso aconteça? como está a integração com as demais partes da cadeia (produção de conteúdo, fabricantes de TVs, setop box)?
Marcio Carvalho -
Como líder indústria de TV por assinatura, a Net também tem que liderar em inovação e estamos dando alguns passos, meio que no escuro, uma vez que não existe ainda um caminho que alguém tenha trilhado do que dá ou não certo. Mesmo nos Estados Unidos, as principais operadoras - Comcax e Time Warner - se juntaram para fazer o que nós já fizemos duas vezes no Brasil, uma transmissão experimental em 3D. No caso americano, transmitiram a final do campeonato de Golfe, no nosso caso, transmissão do Carnaval e da Fórmula Indy. Ou seja, no Brasil conseguimos  atingir um estágio e estamos na fronteira de inovação. Quando fizemos a transmissão do Carnaval, 15 dias antes tinha acontecido a primeira transmissão do mundo (em 3D) ao vivo, de um jogo de futebol na Inglaterra.

3D representa um desafio em relação ao HD, é muito mais banda, os decodificados precisam ser preparados, o consumidor tem que trocar a TV e os produtores de conteúdo têm que se equipar com câmeras, etc. E se 3D é complexo, 3D ao vivo é muito mais complexo, porque o take, quando vai ser filmado, tem que ser previamente concebido, preparado, para que o efeito de 3D seja percebido. Quando a transmissão é ao vivo, você fixa a câmera e reza para que tudo aconteça como você está prevendo. Então, é um esforço conjunto de todo mundo que está envolvido nessas transmissões experimentais, no nosso caso, com a Globo e a Bandeirantes, e a Sony que está nos dando suporte.

Tele.Síntese - Você diz que 3D ocupa muito mais banda. Quanto a 3D ocupa a mais?
Carvalho -
Ocupa o equivalente a dois canais HD. São duas imagens transmitidas simultaneamente (olho direito e olho esquerdo).

Tele.Síntese - É necessário mais espectro para um eventual lançamento comercial do serviço?
Carvalho -
É necessário gerenciar a rede e investir, aumentar a capacidade de transmissão. A Net faz isso recorrentemente para suportar o crescimento de banda larga, do HD e de todos os outros serviços. A capacidade da rede é um diferencial da Net e é por isso que conseguimos lançar mais serviços, que sempre exigem mais da rede.

Tele.Síntese - E do lado da produção, como está o movimento para 3D?
Carvalho -
A gente tem visto a indústria de Hollywood investindo muito fortemente em 3D, quase como um novo lançamento dos filmes. Tivemos Avatar, a Era do Gelo 3, Alice, ou seja, a indústria do cinema está promovendo o 3D e a indústria do esporte também está investindo forte; a Fifa está prometendo alguns jogos da Copa do Mundo em HD, a gente vê canais como a ESPN se movimentando nos Estados Unidos para gerar conteúdo HD, a Discovery vai começar a produzir material em 3D, então, o movimento, a demanda, está acontecendo em torno do 3D. Do lado dos fabricantes de TV também, até porque com HD e 3D há um incremento no negócio, com a troca de aparelhos.

Tele.Síntese - Na recente retaliação do governo brasileiro aos EUA, as medidas incluem filmes. Isso pode ter algum impacto na oferta de TV em alta definição e em 3D ou mesmo no dia-a-dia da programação da TV por paga?
Carvalho -
Ainda é muito cedo para avaliar isso e a gente não sente diretamente, porque nós somos distribuidores. No caso da indústria de filmes, os estúdios não vendem direto os filmes, mas por meio de canais que empacotam, como o Telecine e a HBO, então não consigo dizer ainda que tipo de impacto essa retaliação vai ter.

Tele.Síntese - Com o crescimento da base, a Net estuda nacionalizar toda a produção de setop box?
Carvalho -
Alguns modelos já são produzidos no Brasil e estamos, sim, com um plano de contratação de mais setop box no Brasil. Hoje, temos em linha quatro equipamentos, sendo que os de tecnologia SD (digital normal) são produzidos em Manaus, pela Thomson e pela Pace; o HD da Pace, que não é gravador, também é produzido localmente. O único importado hoje é o gravador digital, produzido pela Cisco no México, mas dado o aumento de volume, estamos promovendo uma concorrência e vamos trazer toda a produção para o Brasil.

Tele.Síntese - A cobrança pela utilização do ponto-extra da TV por assinatura, inclusive do aluguel do decodificador, continua proibida em todo o estado de São Paulo, após a obtenção de uma liminar na justiça paulista, liminar esta confirmada na quarta-feira (23), pela juíza Cynthia Thomé. Como a Net está tratando esta questão?
Carvalho -
Estamos acompanhando e contribuímos nos fóruns de discussão. O fato é: para que a pessoa tenha acesso a programação de forma simultânea, independente, em mais de uma televisão, a gente precisa instalar mais de um decodificador. E, instalando mais de um decodificador, naturalmente, precisamos ter esse investimento retornado, em forma de cobrança. O que a gente tem na oferta gratuita é no pacote do Net Fone.com, que reúne serviço de telefonia e TV digital, limitada aos canais abertos, neste caso, quando a pessoa quer ter um ponto extra só para assistir os canais abertos, a gente instala esse ponto sem cobrar nada. Se a pessoa quer ter um decodificar no ponto principal e ter o mesmo sinal que ela está assistindo no quarto, sem necessidade de ter outro decodificador (o que a gente chama de ponto extensão), também não é cobrado nada. Agora, se ela quer assistir uma programação paga na sala, outra programação paga - mesmo que faça parte de seu pacote - no quarto, ela paga o aluguel do decodificador, tanto que o preço do aluguel desse equipamento não varia conforme a seleção que a pessoa tem (R$ 19,90 o decodificador normal e R$ 29,90 o decodificador HD).

Tele.Síntese - Com a decisão da Anatel, que aprovou súmula esclarecendo que a cobrança do aluguel, venda ou comodato do equipamento do ponto adicional é permitida; a proibição vale apenas para o custo da programação, qual será a medida da Net? A Net tem que pactuar os contratos? Vai enviar um comunicado na próxima fatura, uma carta para o cliente propondo os novos termos?
Carvalho -
A Net já está 100% adequada à legislação vigente e às determinações da Anatel. A súmula somente vem reafirmar a adequação da Net ao regulamento. Conforme haja interesse ou necessidade de repactuação do contratado com o assinante, a Net o fará mediante anuência do assinante.

Tele.Síntese - Ainda em relação ao Procon, no ranking de reclamações divulgado recentemente pelo órgão, a Net ocupa o 17º lugar, com um total de 402 reclamações em 2009 -- 234 atendidas e 168 não atendidos. O que a empresa está fazendo para melhorar a qualidade de atendimento?
Carvalho -
É um investimento permanente. Fazemos rotineiramente avaliação de assinantes - analisando qual o percentual de assinantes que liga, que tipo de reclamação, o que podemos fazer para sermos mais acertivos. Agora, no negócio de serviço, a cada mês temos que convencer o assinante a continuar com a gente e, para isso, a qualidade é um pré-requisito. Tem um fator que precisa ser levado em consideração quando a gente olha friamente os números de um ano para o outro, que é um crescimento forte da Net. Quanto mais serviços na casa das pessoas, mais estamos sujeitos a errar, pois não somos infalíveis. Não é o que queremos. Ao longo de 2009 todos os diretores da Net trabalharam buscando medidas para diminuir as ligações para a central e conseguimos reduzir em 40% o volume de ligações no último ano, com manutenção preventiva na rede, trabalhando para não deixar o sinal cair, fazendo ações de comunicação mais eficientes.

Tele.Síntese - A Net fez no ano passado uma experiência de banda ultra larga para o mercado residencial brasileiro. Como foi a adesão dos clientes no bairro do Leblon, no Rio, ao serviço? Há novos testes programados para este ano ou ainda não há demanda para a ultra banda larga?
Carvalho -
É um serviço ainda em caráter experimental, mas ampliamos a área onde o serviço está disponível. Ele saiu do Leblon e foi para a Barra, a Lagoa, Botafogo e, aqui em São Paulo também já tem nos Jardins, em Moema e na Vila Olímpia. A grande questão é o que se faz com uma conexão desse tamanho. Quanto mais banda, mais serviços. Hoje, o que estamos vendo é que o custo que deveria ser cobrado para ter escala não é viável, porque o volume de clientes interessado naquela banda é pequeno, assim como a quantidade de aplicações que fazem uso de uma conexão dessa envergadura. Existe um time para as coisas. O que temos feito é evoluído as velocidades até 20 mega e quando entendermos que o mercado está mais receptivo e que vai ter demanda para isso e, claro, o preço da tecnologia também está entrando em maturação e declínio, aí sim vamos acelerar a questão da ultrabandalarga.

Tele.Síntese - Mas não é uma prioridade para este ano?
Carvalho -
Eu não diria isso de forma tão taxativa. A gente continua acompanhando, o Docs 3.0, que é a tecnologia usada, está acontecendo muito fortemente nos Estados Unidos e Europa, por uma questão de maturidade maior de penetração do mercado de banda larga, lá tem mais escala e mais demanda. Aqui, tem o problema da tributação, que é muito alta, o que aumenta o preço e é um dificultador para a adoção do serviço e isso vai se refletir também na velocidade mais alta. Mas, eu não diria que ultra banda larga está fora dos planos da Net para este ano. Estamos acompanhando permanentemente os avanços da tecnologia, os hábitos do consumidor e vamos ter novidades assim que entendermos que o mercado está receptivo.

Tele.Síntese - Você falou em impostos altos, como está a adesão à banda larga popular, serviço isento do ICMS, lançado por vocês no Estado de São Paulo?
Carvalho -
Em dezembro lançamos o serviço de forma mais profile. Agora, não, estamos com filme na TV anunciando a banda larga a R$ 29,90, com modem e provedor grátis e a pessoa pode comprar só isso. Claro que, quando ela vai comprar, o nosso vendedor oferece um plano que envolve mais 10 reais e dá direito a telefone e TV por assinatura e temos sido muito bem sucedidos, porque é uma proposta de valor interessante por um acréscimo pequeno, considerando o fato de que grande parte desses clientes já tem telefone em casa. É uma oferta que estamos tratando seriamente, como uma oportunidade de levar a banda larga e fazer a inclusão social para uma camada da população que não estava acostumada a contar com os serviços da Net em sua casa. É uma oportunidade de crescimento, de acreditar que a pessoa vai ganhar poder de compra e, eventualmente, comprar outros serviços. O serviço está crescendo com uma capilaridade que não deveria ser a Net a prover, já que a Net  nasceu para fazer TV por assinatura, com uma rede focada nas classes mais altas e, que, pela cobertura, está agora oferecendo também o plano de banda larga popular.

Tele.Síntese - Qual a posição da Net em relação ao Plano Nacional de Banda Larga?
Carvalho -
Não achamos desnecessário, mas temos uma posição de que há pelo menos três "Brasis" que devem ser encarados de forma diferente ao se pensar num PNBL. Um, é o das áreas e cidades onde existem pelo menos duas infraestruturas físicas competindo na banda larga. Onde há competição a banda larga tem mais qualidade, mais velocidade, preços menores e penetração acelerada. Um segundo é  onde só tem a rede da incumbent. Nessas cidades, por ser um mercado monopolista, entendemos, um plano de governo, deveria incentivar o surgimento de uma infraestrutura competitiva. Ou seja, o papel do Estado, neste caso, é fomentar o investimento privado, com incentivos, acesso a financiamento, a desoneração de impostos, de insumos, como modem e equipamentos de central, etc. Um terceiro é o  atendimento as áreas rurais, remotas, de baixa densidade, onde nem a incumbent está oferecendo banda larga hoje porque são áreas onde o retorno do investimento não vem e, claro, sem retorno, o setor privado não vai lá fazer esse investimento. Neste caso, o governo tem que atuar de forma mais forte, seja subsidiando a interconexão de backbone, levando backhaul até a cidade e para a rede de acesso. A Net defende incentivar pequenos provedores locais para a construção dessas infraestruturas competitivas para que se viabilize a oferta de banda larga nessas localidades.

Tele.Síntese - A Net passou a Telefônica que, até o ano passado, liderava em número de clientes de banda larga. Qual a estratégia de vocês para manter essa liderança?
Carvalho -
Vamos continuar trabalhando no diferencial. A rede de TV a cabo, por  ter sido desenhada para tráfego mais pesado, de vídeo, dados e voz, tem robustez para atender a demanda crescente de tráfego que outras redes não têm.

Tele.Síntese - Há uma tendência mundial de que os smartphones se tornem o principal dispositivo de acesso à internet superando o PC - incluído aqui computadores de mesa, notebooks e netbooks - e isso deve ocorrer já em 2011, segundo consultorias e a indústria. Como a Net vê essa questão? Isso preocupa a empresa?
Carvalho -
A banda larga é um negócio estratégico para a Net, é um motor de crescimento -- não é o negócio que mais cresce em números físicos (neste caso é o telefone), mas em rentabilidade, sim -- é uma parcela importante no nosso negócio hoje. A Net trabalha sempre atenta ao consumidor, portanto, estamos atentos aos smartphones, que tem conexão wi-fi. E sabemos que grande parte do uso dos smartphones é feito dentro da casa das pessoas, substituindo o laptop e, dentro de casa, estamos trabalhando para oferecer wi-fi e absorver também o tráfego desses smartphones. 

Fonte: Tele.Síntese
Autor: Fatima Fonseca
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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