O deputado Alberto Oliveira (PMDB) anunciou durante o espaço Grande Expediente da Assembleia Legislativa, desta terça-feira(6), que não concorrerá à reeleição. Ressaltou, no entanto, que concluirá o mandato na integralidade, com a mesma dedicação e responsabilidade que têm caracterizado meu trabalho até aqui. “Estarei me afastando da atividade parlamentar, mas não do trabalho pelo interesse público”, acrescentou.
Em rápida retrospectiva, recordou sua trajetória. “Fui movido a fazer política por respeitar e valorizar a liberdade e a Democracia. Encontrei no MDB, e depois no PMDB, o espaço para consolidar estes valores. Foi nesta agremiação, meu único partido ao longo dos 35 anos da minha vida pública, que conheci grandes líderes nacionais, como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e Teotônio Vilela, e tenho profundo respeito por líderes gaúchos, como Germano Rigotto, Pedro Simon e José Fogaça”.
Lembrando a importância do PMDB em fundamentais conquistas para o país, Alberto Oliveira disse ser incompreensível que o “maior partido do Brasil não se permita à construção de candidatura própria à presidência da República”. Frisou que “o interesse por cargos e acordos eleitorais lhe reduzem as condições para que se fortaleça, de fato, como sendo o partido da esperança dos brasileiros”.
O parlamentar acrescentou ter a certeza que aqui, no Rio Grande do Sul, “os dirigentes do meu partido saberão conduzir o processo eleitoral de maneira a valorizar a biografia ética e honrada de nomes que fizeram e fazem a história digna da política em nosso Estado”.
Agradeceu os votos recebidos em 2006 e disse que tem agido, no Parlamento, de forma dedicada, leal, ética e responsável, “conceitos e valores que balizam minhas opiniões, projetos e votos”.
Citou os projetos de Lei de combate às drogas e sobre meio ambiente como alguns dos temas de relevância e repercussão social na sua atuação parlamentar. Também referiu a busca do desenvolvimento social, geração de empregos e renda, ampliação da energia eólica, vitivinicultura, substituição tributária e pedágios.
Em uma reflexão sobre as transformações políticas e públicas, que deveriam ter ocorrido, mas não aconteceram no país, o peemedebista enfatizou ser inaceitável que o Brasil não altere seu sistema eleitoral, “que impõe alto custo financeiro e político àqueles que se dispõem a exercer mandatos. Não é assimilável, igualmente, que não se aprovem regras fortalecedoras dos partidos e a fidelidade dos seus integrantes para com o programa partidário”.
Destacou que não é bom para a Democracia que partidos substituam o debate de temas relevantes e transformadores para o Estado e para a Nação pela “barganha de cargos, emendas parlamentares, liberação de verbas e condicionamentos políticos”.
Disse que o “Legislativo é um poder em exposição permanente à opinião pública. O fazer política não é uma arte superior ou perfeita. Mas, infelizmente, pouco se valoriza o comportamento virtuoso da grande maioria. Muito se valoriza o comportamento delituoso de poucos”.
Para Alberto Oliveira, “isso gera desconforto, vergonha e desencanto, e atinge de maneira feroz e injusta os políticos que lutam pela vida pública honrada”.
Ao final, fez um agradecimento especial aos “milhares de companheiros, lideranças e amigos que acompanham e torcem” pelo seu trabalho parlamentar. Também agradeceu à sua equipe de colaboradores do gabinete parlamentar.
De forma afetuosa, registrou a presença da esposa Ana e dos filhos, Juliana e Auber. “Onde eu estiver, e o que estiver fazendo, serei protegido e protegerei, para que nossas vidas continuem a ser comunhão de fé, amor, vida digna e honrada”.
Clique
aqui para ler na íntegra o discurso do deputado.