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Sérgio Marques – diretor do laboratório Buenos Ayres
   
     
 


15/05/2010

Sérgio Marques – diretor do laboratório Buenos Ayres
O futuro é agora para os laboratórios de manipulação

Prática trazida pelos jesuítas, que preparavam remédios com plantas medicinais nativas baseados nos conhecimentos dos pajés das tribos que aqui habitavam, a manipulação de medicamentos no Brasil surgiu praticamente junto com as primeiras farmácias que dispensavam drogas trazidas da Europa.

Com o estabelecimento das primeiras indústrias farmacêuticas no país na década de 1950, no entanto, a manipulação de medicamentos foi abandonada pela maioria das farmácias, que passaram a se dedicar apenas à dispensação dos industrializados, por força da necessidade de sobrevivência. Houve, então, um período de baixa para o segmento, e a manipulação só voltou a ganhar força a partir da década de 1970, já como uma atividade restrita a farmacêuticos, para, nas décadas seguintes, crescer de forma vertiginosa.

Hoje existem funcionando formalmente no país cerca de sete mil estabelecimentos dedicados a essa prática, o que faz do mercado brasileiro de manipulação o maior do mundo. Se esse rápido crescimento foi bastante positivo por um lado, por outro deixou evidente a necessidade de normatização do segmento, com o estabelecimento de boas práticas de manipulação, rigorosas medidas de controle de qualidade e aperfeiçoamento técnico-científico dos profissionais farmacêuticos.

Afinal, os laboratórios de manipulação existem para produzir medicamentos especiais e individualizados, na dose certa, na forma farmacêutica mais apropriada, e só cumprindo de forma exemplar sua missão é que se justificam.

Por isso mesmo, e até para conquistar a confiança e a credibilidade de alguns médicos ou pacientes que ainda resistem a receitar ou usar o medicamento manipulado, o setor vem investindo muito. É imprescindível que as farmácias de manipulação disponham de uma estrutura tecnológica e humana altamente especializada, já que sua atribuição exige operações farmacotécnicas muito detalhadas e diversificadas, que não admitem falhas.

A busca pela garantia da qualidade dos produtos manipulados é quase uma obsessão aos empresários do setor. O controle de qualidade abrange desde a aquisição da matéria-prima até o acompanhamento terapêutico, passando por todas as etapas do processo de elaboração do medicamento.

O resultado de toda essa preocupação e dos investimentos é positivo. Contamos hoje no Brasil com um modelo de farmácia magistral muito específico, com a adoção de técnicas e equipamentos modernos, que garantem um alto grau de qualidade e segurança. Dispomos de equipamentos de ponta, desenvolvidos especialmente para a produção de medicamentos em pequena escala, além de softwares que contribuem para a qualidade dos produtos, por disponibilizar rapidamente e com segurança informações aos farmacêuticos sobre dosagens, incompatibilidades, interações medicamentosas, efeitos adversos e farmacodinâmica.

A Agência nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, tem feito sua parte, regulamentando cada vez mais o setor. Estabeleceu parâmetros fixos para controlar a qualidade das matérias-primas e das preparações e garantir a eficácia dos medicamentos manipulados, contribuindo para a evolução do segmento (RDC ANVISA nº 67, de 8 de outubro de 2007).

Definitivamente, ficaram para trás as pequenas boticas que preparavam apenas fórmulas mais simples de cremes e loções. As farmácias de manipulação de agora possuem uma estrutura que permite produzir praticamente qualquer medicamento – dos mais simples aos mais sofisticados – e oferecer o tratamento terapêutico adequado a cada paciente, com medicação personalizada, dosagens específicas, de acordo com sua real necessidade. Entre outros benefícios, o medicamento manipulado evita o desperdício e, é bom lembrar, impossibilita a automedicação, que tantos problemas causam, por só ser adquirido com receituário médico.

Podemos afirmar com segurança que o setor tem conseguido atingir os seus propósitos. Tem conquistado a confiança e a credibilidade que vem buscando. Afirmamos isto com base no crescimento do mercado e por assistirmos, no dia a dia, a adesão cada vez maior da população à opção por medicamentos manipulados.

Mas ainda é preciso que os que atuam no segmento continuem investindo e adotando medidas que façam com que a resistência a esse tipo de medicamento deixe de existir de vez. Campanhas de orientação aos consumidores, visitação a médicos para esclarecer dúvidas, disponibilização de informações em sites e publicações são algumas das práticas mais comuns para isso. Desde o final de 2009, a empresa que dirijo resolveu ir além. Abrimos nossos laboratórios à visitação técnica de clientes e pessoas interessadas em conhecer como funcionam os nossos laboratórios. As visitas ocorrem uma vez por semana, com agendamento prévio, e são acompanhadas por farmacêuticos capacitados a explicar os processos e esclarecer dúvidas.

O consumidor tem o direito de saber como é feito o medicamento que ele irá usar e, somente com informações precisas, com conhecimento, ele vai adquirir a confiança e a tranquilidade que merece ao optar pelo produto manipulado. Bem informado, ele ficará muito mais exigente, o que é ótimo, principalmente, em se tratando da sua saúde.

O futuro do segmento da manipulação de medicamentos é agora, é hoje. Temos de saber conduzi-lo para garantir que qualquer alteração, se houver, seja para melhor.

Fonte: HT
Autor: Sérgio Marques
Revisão e edição: Mariana Silva Sirena

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