Nesta segunda-feira, 17 de maio, celebra-se o Dia Mundial da Internet. Fazer com que os alunos das escolas municipais cresçam dominando o mundo virtual é o objetivo da Secretaria Municipal de Educação (Smed). A Política de Inclusão Digital aplicada de forma transdisciplinar desde 1992 em escolas que atendem às camadas populares disponibiliza ambientes informatizados em toda a rede municipal de ensino.

A informática e o acesso à Internet como ferramentas de aprendizagem permitem aos alunos estar perfeitamente aptos a trabalhar com a tecnologia ao completar a escolaridade. As 95 escolas da rede - incluindo ensino fundamental, educação infantil, ensino médio e educação de jovens e adultos - atendem aos 55 mil alunos das comunidades situadas nas vilas periféricas de Porto Alegre. 

Oportunidade - Exemplo de oportunidade conquistada pelo conhecimento das novas tecnologias é a inserção profissional. Aluna da Escola Municipal de Ensino Fundamental Chico Mendes e aprendiz na rádio digital DJTALD+, mantida pela escola, Jaqueline Cruz passou a produzir para o programa Você.Net, que roda na ALL TV, de São Paulo. Hoje, é produtora executiva e trabalha baseada em Porto Alegre. O colega David Lopes, deficiente visual, foi locutor da rádio digital e hoje é auditor de vendas de uma empresa de emarketing. E continua na escola como oficineiro de rádio e entrevistador no projeto Alunos em Rede. Thaís Vanessa, da EMEF Victor Issler, escola que compartilha a mesma rádio em cadeia, a partir da oportunidade do Projeto Protagonismo do grêmio estudantil e da rádio digital, tornou-se líder estudantil da UMESPA.

Outro destaque foi a participação das equipes de robótica da Liberato Salzano Vieira da Cunha e da Emílio Meyer no "2010 VEX Robotics Competition World Championship", realizado em abril, nos Estados Unidos. As escolas municipais de Porto Alegre concorreram no campeonato de robótica, em Dallas, com equipes de todo o mundo.

Escola Aberta - A rede municipal de ensino possui laboratórios de inclusão digital, e a maioria das escolas abre à comunidade o ambiente informatizado nos finais de semana. A iniciativa faz parte do programa Escola Aberta, que oferece atividades no turno inverso para as comunidades do entorno da escola. As oficinas de inclusão digital permitem a familiaridade dos adultos com a Internet e o acesso à informação. A oferta pedagógica educativa gera um resultado bastante diferente das lan houses: insere o cidadão numa rede colaborativa de aprendizagem. Isso gera a sociabilização do conhecimento e a qualificação para o mundo digital.

Já o projeto Cidade Escola tem atividades no contra-turno para os próprios alunos com a utilização da informática. Isso possibilita o uso da Internet no letramento, na matemática e no trabalho com a rádio e o jornal escolar. A apropriação das ferramentas digitais pela população da rede municipal e a qualificação da aprendizagem refletem-se na formação de um cidadão inserido na sociedade digital.