O delegado Paul Roberto Robles, da 1ª Delegacia do Consumidor, informou na tarde desta segunda-feira (24) que foi encontrada uma lista com 200 nomes na transportadora onde estavam sendo descarregadas seis toneladas de queijo sem procedência e data de validade, na região central de São Paulo. De acordo com ele, o próximo passo da investigação é saber se essas pessoas trabalham como camelôs ou em pequenos estabelecimentos comerciais.
“Quando os policiais chegaram no local, já tinha um pessoal esperando para pegar a carga”, afirmou Robles. "O motorista do caminhão tinha a lista com os 200 destinatários. Estamos supondo que iam vender para os ambulantes ou pequenos comerciantes.” O queijo, cujo peso total foi informado pelo motorista em depoimento, foi encontrado em um caminhão-baú sem refrigeração.
Além disso, a mercadoria não apresentava etiquetas com prazo de validade, procedência nem o carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou de órgãos de vigilância sanitária. “Eles não tinham registro na Covisa (Coordenadora de Vigilância em Saúde), nenhum carimbo, prazo de validade, o que é uma situação irregular”, contou o delegado. A carga será destruída.
Mineiro
O queijo tipo Minas veio de duas cidades de Minas Gerais: Monte Azul e Mamonas, de onde é a placa do caminhão. O motorista do veículo e o dono da transportadora, que, segundo a polícia, não tinham nota fiscal da carga, foram indiciados por crimes contra a ordem tributária e contra o Código do Consumidor, como vender e expor mercadoria imprópria para o consumo. Cada um pagou R$ 1.500 de fiança e foi liberado.
A transportadora fica na Rua 21 de Abril, no Brás. De acordo com o delegado Robles, o motorista também transportava no mesmo caminhão peças de roupa, mas, neste caso, havia nota fiscal. O local não está em situação irregular.