Em ranking de qualidade de vida, a cidade brasileira mais bem colocada é Brasília, que ocupa o 104º lugar. Já Rio de Janeiro e São Paulo mantiveram a 116ª e 117ª posições, respectivamente. A lista, divulgada nesta quarta-feira (26), tem como base a Pesquisa Mundial de Qualidade de Vida Mercer, que considerou 221 cidades em todo o mundo.

As três cidades brasileiras têm pontuação similar no índice de qualidade de vida, e permaneceram estáveis em relação à pesquisa anterior. Estão abaixo de Nova York (EUA), cidade-base, principalmente em itens como ambiente político e social, considerações médicas e de saúde e educação.

A categoria que apresenta pontuação mais próxima das cidades classificadas em posições superiores é ambiente natural, uma vez que não foram registrados desastres naturais de grande proporção no Brasil.

Europeias no topo

As cidades europeias dominam as melhores posições do ranking. Viena (Áustria) mantém seu título de 2009 como a mais bem classificada, seguida por Zurique e Genebra (Suíça), que ocupam a segunda e a terceira posições. Na sequência aparecem Vancouver (Canadá), no quarto lugar, e Auckland (Nova Zelândia), no quinto.

Deve-se ressaltar que o ranking é produzido tomando Nova York por cidade-base, com um índice de 100. Para se ter uma ideia, a número um, Viena, apresenta o índice de 108,6, enquanto Bagdá, a última colocada, registra 14,7. A pesquisa é elaborada com o intuito de auxiliar governos e empresas multinacionais na transferência internacional de empregados.

“Para assegurar que seus expatriados sejam remunerados de forma apropriada e que um auxílio para compensar diferenças de qualidade de vida seja incluído em seus pacotes de benefícios, as empresas buscam um retrato claro sobre qualidade de vida nessas cidades”, afirmou o pesquisador sênior da Mercer, Slagin Parakatil.

Turbulência econômica

Na América, nos Estados Unidos, Honolulu é a mais bem classificada, na posição 31, seguida de São Francisco, na 31. Cingapura (28), em Cingapura, e Tóquio (40), no Japão, são as mais bem colocadas na Ásia.

De acordo com o pesquisador sênior, a qualidade de vida permaneceu estável no mundo ao longo de 2009 e na primeira metade de 2010, porém, em certas regiões e países, a recessão econômica teve um impacto perceptível no ambiente de negócios.

“Apesar do declínio econômico e do esforço das empresas em conter custos, os prêmios de qualidade de vida permanecem como importantes meios de remunerar expatriados por diferenças nas condições de vida. Entretanto, as empresas estão mais propensas a rever as medições de tais auxílios para assegurar sua eficácia em termos de custo”.

Eco-cidades

Na edição de 2010, a pesquisa abordou as cidades ecologicamente corretas, com base na disponibilidade de água potável, coleta de lixo, tratamento de esgoto, poluição do ar e congestionamento do trânsito. Calgary (Canadá) ocupa o topo deste ranking, seguida por Honolulu.

“Uma cidade com posição alta nesta classificação otimiza o uso de fontes de energia renováveis e gera a menor quantidade possível de poluentes. O “eco-status” ou atitude em relação à sustentabilidade de uma cidade pode ter importante impacto na qualidade de vida de seus habitantes”, disse o pesquisador sênior.