O consultor empresarial Sidney Shiroma, diretor executivo da Fagus Consultoria, esclarece que, se houver consequências dessa crise no Brasil, as micro e pequenas empresas serão as mais afetadas. “Os bancos brasileiros podem ter dificuldade em buscar recursos no exterior, podendo haver redução da oferta de crédito. Assim, haverá preferência em fazer empréstimos para as grandes empresas”.

 

Outro fator da crise é o aumento da cotação do dólar. “Com a crise, a cotação sobe porque a moeda americana, considerada um investimento seguro, tem mais procura. O dólar mais caro encarece os importados, o que pressiona a inflação e reduz o poder de compra”, explica Shiroma.

 

Qualquer crise econômica é preocupante, mas essa tensão atual, que teve início na Grécia, parece que não causará tantos problemas como a crise ocorrida nos Estados Unidos, em 2008. “A crise de 2008 afetou o Brasil, pois causou dificuldade de obter dinheiro. O que compromete o crescimento das empresas e o consumo de uma forma geral. Mas essa crise européia parece que não é tão avassaladora. Assim, os empresários que tem um bom planejamento estratégico não precisam se preocupar”, ressalta Shiroma.