A HOSPITALAR, maior feira e fórum de saúde da América Latina, encerrou sua edição 2010 nesta sexta-feira (28), em São Paulo, com R$ 5,3 bilhões em negócios encaminhados para fornecer produtos, equipamentos e serviços a hospitais, clínicas e laboratórios de todo o Brasil e do exterior. Em quatro dias, a feira atraiu mais de 89.000 visitas profissionais, de 41 países.   

Estes números representam crescimento de 10% no volume de negócios gerados e 4% de aumento no número de visitantes.

Em sua 17ª edição, a feira HOSPITALAR lotou os 5 pavilhões do Expo Center Norte, na capital paulista, com 1.250 expositores, entre eles 505 empresas estrangeiras, de 36 países. "Batemos todos os recordes de movimento e área ocupada, pois o mercado de saúde continua aquecido, em função do alto volume de investimentos que hospitais de todo o Brasil estão fazendo em ampliação, modernização e verticalização de suas atividades”, disse a presidente da HOSPITALAR, Dra. Waleska Santos.

A feira Hospitalar é considerada o grande termômetro do mercado de saúde do Brasil, cujo movimento total representa mais de 8% do PIB nacional. Expositores destacaram que o movimento “foi o melhor dos últimos anos” e o perfil dos visitantes foi “extremamente profissional e representativo de toda a cadeia da saúde”.

Reynaldo Goto, Gerente de Marketing Estratégico da Siemens, destaca que as solicitações de vendas foram muito superiores a 2009. “Fomos surpreendidos positivamente pelo número de visitantes de toda a América Latina. Esta feira já se tornou uma referência no continente”.
A Fanem, empresa brasileira líder na fabricação de produtos de neonatologia, encerrou a participação na HOSPITALAR 2010 com R$ 1,5 milhão em negócios fechados. “Mas estamos prevendo alcançar R$ 4,5 milhões em vendas nos próximos meses, em conseqüência dos contatos realizados durante o evento”, disse o diretor industrial Djalma Rodrigues.

Responsável pela organização do Hospital Contemporâneo, espaço que apresenta novos conceitos e propostas para o mercado de saúde, o empresário Lauro Miquelin (L+M Gets) recebeu mais de 4 mil visitantes em seu estande. “Fechamos 110% mais vendas diretas na feira do que na edição anterior”, disse ele.

Duas empresas que estrearam na feira este ano também relataram bons negócios: a Input Center, da área de tecnologia da informação, recebeu cerca de 2.500 clientes por dia em seu estande, “95% com intenção de compras”, disse o gerente de marketing Jonas Shartener.
Já a Karsten, empresa catarinense de cama, mesa e banho, trouxe ao evento sua linha voltada ao mercado de saúde e abriu contatos com compradores da Argentina, Peru, Bolívia, Índia, Alemanha e França.

Qualidade e preço da produção brasileira atraem compradores 

Importadores do Egito e da Argélia em visita à HOSPITALAR 2010 destacaram que a qualidade dos produtos hospitalares produzidos no Brasil cresceu muito e já concorre bem no mercado mundial.
Ahmed Farouk, gerente da egípcia Medical Technology, veio à feira em busca de equipamentos para as áreas de cirurgia vascular e de cardiologia, além de produtos para intervenções periféricas, cirurgias gerais e ortopédicas.

"Encontramos várias empresas com boas chances de abastecer o nosso mercado. As empresas brasileiras começaram a mostrar uma qualidade superior e têm boas chances de competir com os preços europeus e norte-americanos”.

Procurando por equipamentos de fisioterapia e reabilitação, o diretor da empresa argelina 2A2 Medicalys, Aichaoui Abdenour, veio pela primeira vez ao Brasil em busca de negócios. Ele se interessou pelos produtos das empresas brasileiras Carci e Ibramed e, depois da feira, ia visitar as fábricas para dar continuidade aos negócios. O representante da Carci, Persio de Almeida, diz que a empresa já vende para Emirados, Tunísia, Sudão, Egito, Jordânia e Síria e acredita que o mercado árabe possa render ainda mais negócios.