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Empresas brasileiras precisam de mais benefícios fiscais para investimentos verdes
   
     
 


04/06/2010

Empresas brasileiras precisam de mais benefícios fiscais para investimentos verdes
Dos participantes do estudo no Brasil, 83% declararam isso

Uma nova pesquisa global da Regus, empresa de soluções de espaço de trabalho, indica que as companhias brasileiras precisam de incentivos fiscais para acelerar o ritmo da adoção de tecnologias verdes. Dos participantes do estudo no Brasil, 83% declararam isso.

A pesquisa da Regus revelou que somente 37% das empresas de todo o mundo efetivamente mensuram suas emissões e que menos de um quinto delas (19%) aferem o rastro de carbono de suas atividades. Em nível global, 46% das empresas ouvidas declararam que só investirão em equipamentos de baixa emissão de carbono quando seus custos operacionais tornarem-se iguais ou inferiores aos dos convencionais. Desalentadoramente, só 40% investiram em equipamentos de baixa emissão de carbono e 38% têm esse tipo de investimento definido em suas políticas corporativas.
 
Especificamente no Brasil, os resultados do estudo indicam que apenas 17% das empresas monitoram seu rastro de carbono, um índice ainda menor que a média global (19%). Contudo, 50% investiram em equipamentos de maior eficiência energética. Do total das empresas participantes, 46% tinham política de investimento em equipamentos e baixa emissão de carbono, o que coloca o Brasil acima da média global (38%). A pesquisa constatou que os custos operacionais são muito importantes também no país, onde 42% dos participantes afirmaram que investiriam em equipamentos de baixa emissão de carbono se sua operação tivesse custo inferior ou igual ao dos equipamentos convencionais. Por fim, a maioria absoluta das empresas (83%) afirmou que, se o governo oferecesse incentivos fiscais à adoção equipamentos de alta eficiência energética ou baixa emissão de carbono, o meio empresarial aceleraria seus investimentos verdes de maneira significativa.
 
De modo geral, as pequenas empresas estão abaixo da média em seus níveis de investimentos verdes atuais e previstos, o que sugere que negócios de menor porte sofrem mais pressões nas decisões de compra de equipamentos de baixa emissão de carbono devido aos maiores custos de aquisição, pois suas necessidades a curto prazo são mais prementes que os investimentos a longo prazo. No Brasil, só 12% das pequenas empresas monitoram o rastro de carbono, ante 38% das grandes companhias. Enquanto menos da metade (44%) das pequenas empresas contavam com alguma política de investimentos em equipamentos verdes, 54% das grandes já têm políticas definidas nesse sentido. As ambiciosas metas do governo brasileiro claramente não estão levando em conta a realidade da adoção de equipamentos verdes pelas empresas de menor porte.
 
"O Brasil foi o segundo colocado no ranking de vendas de tecnologias verdes da WWF, graças à produção em larga escala do etanol, amplamente apoiada pelo investimento do governo em P&D¹, mas a adoção efetiva de equipamentos verdes e iniciativas de monitoramento ainda decepciona, sobretudo entre as empresas menores", comenta o vice-presidente para a América Latina da Regus, Michael Turner. As pequenas companhias respondem por 50% da movimentação financeira das empresas no Brasil. "Se o governo brasileiro quer mesmo que as empresas cumpram as ambiciosas metas governamentais de redução de emissões de carbono até a metade do século, precisará oferecer incentivos adequados para a mudança, em todos os níveis. No momento, as tecnologias de baixa emissão de carbono muitas vezes têm limitações de escopo e são comercializadas a preços premium. Essa combinação vem provando ser um obstáculo ao investimento de difícil superação. Incentivos fiscais ajudarão muitíssimo, como indica nossa pesquisa, e, acelerando a adoção, também contribuirão para assegurar escala ao mercado, com redução dos preços unitários. Os investimentos ambientais não se limitam às tecnologias, devendo ser aplicáveis a todas as iniciativas ambientais eficazes e mensuráveis, como a redução da subocupação predial a níveis mínimos. Estimativas conservadoras indicam que, em qualquer momento dado, 38% do espaço dos escritórios não é ocupado² mas, mesmo assim, consome energia para condicionamento de ar e iluminação, emitindo toneladas de carbono a cada ano. A redução da subocupação dos escritórios deve ter tanto valor para fins de incentivos fiscais quanto o uso de equipamentos de baixo consumo energético".
 
¹ WWF e Roland Berger, Clean Economy, Living planet, 2009
 
² Regus, A Waste of Space ("Desperdício de espaço"), abril de 2010

Fonte: Vianews
Autor: Sueli Godoy, Luciana Aulicino e Alcione Cavalcante
Revisão e edição: Renata Appel

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