Segundo Longo, dos 13 produtos pesquisados pelo instituto nas capitais analisadas, oito diferem em quantidade e apenas cinco são idênticos em quantidade, mas diferem de marca, tipo e qualidade de uma região para outra. "Seis quilos de carne não podem custar o mesmo que 6,6 kg do mesmo produto. Se padronizarmos as quantidades dos itens pesquisados nas diferentes regiões, as distorções serão corrigidas e veremos que Porto Alegre claramente não tem a cesta básica mais cara do Brasil", defendeu.

 

 

 

 

Um estudo desenvolvido pelo Departamento Econômico da Agas, que avaliou somente os números divulgados pelo Dieese, indica que em fevereiro deste ano os preços unitários dos produtos da cesta básica de Porto Alegre são em média 8,9% menores que os da capital paulista. “Isso significa dizer que se as quantidades utilizadas na análise da cesta de São Paulo fossem iguais às utilizadas em Porto Alegre, o valor do conjunto de itens básicos da capital paulista seria 8,9% mais caro que o dos porto-alegrenses”, explicou o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados. Segundo o levantamento da entidade, oito dos 13 itens que compõem a cesta são mais baratos em Porto Alegre do que em São Paulo.

 

Se o estudo desenvolvido pelo Dieese utilizasse uma unidade de cada um dos 13 produtos apurados em todas as 17 capitais analisadas, padronizando assim a pesquisa, Porto Alegre apareceria na sétima colocação entre as cestas básicas mais caras do País.

O Presidente da Agas destacou, entretanto, que reconhece a importância e a qualidade do trabalho realizado pelo Dieese, ressaltando que a discordância da entidade é quanto à forma de divulgação dos resultados. “Se as cestas não têm a mesma composição, não se pode estabelecer comparação entre elas”, ponderou o dirigente.