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TV móvel avança com os jogos da Copa
   
     
 


29/06/2010

TV móvel avança com os jogos da Copa
Empresas apostam que interesse do consumidor por entretenimento no celular continuará firme

A Copa do Mundo foi o impulso que faltava ao mercado de TV móvel nos celulares. A combinação do interesse em assistir aos jogos do mundial, o aumento do número de modelos disponíveis que oferecem essa tecnologia e a expansão da TV digital com canais abertos provocou um aumento expressivo nas vendas dos aparelhos nos últimos meses. As empresas do setor apostam que o mercado continuará aquecido após a disputa e que haverá mais interesse em comprar outros produtos de entretenimento no celular.

De olho no público do mundial, a operadora de celular Vivo ampliou o seu portfólio de aparelhos que transmitem TV digital aberta nos meses que antecederam a competição, afirma o diretor de desenvolvimento de terminais da companhia, Hilton Mendes. "Com exceção dos jogos do Brasil, em que as pessoas são dispensadas do trabalho, sabíamos que muitas partidas seriam disputadas no horário de expediente e a incorporação do sistema de TV móvel poderia contar na hora de troca do aparelho. Por isso, fizemos um trabalho antecipado e lançamos novos modelos entre abril e maio" diz Mendes.

O executivo calcula que as vendas deste tipo de aparelho tenham crescido 150% em maio e junho em relação ao mesmo período do ano passado. Embora destaque a importância da Copa, ele afirma que hoje há mais ofertas de modelos no mercado, com preços que vêm caindo, e que mais cidades no país recebem hoje o sinal digital da TV aberta. "É natural que haja uma expansão do conceito de TV móvel. A Copa do Mundo foi apenas a cereja do bolo", afirma Mendes.

Na operadora Claro, as vendas de aparelho com TV móvel subiram 83% por conta do interesse dos consumidores em assistir ao mundial da África do Sul no celular, informa a diretora de novos negócios da operadora, Fiamma Zarife. Segundo a executiva, competição fez dobrar o acesso dos canais Band e Esporte Interativo, comercializados no pacote Minha TV oferecido pela Claro, que inclui canais de TV fechados.

As transmissões de TV digital aberta pelo celular são gratuitas e, portanto, não geram resultados financeiros com tráfego de dados para operadoras, mas a diretora acredita que atender esses usuários pode ser estratégico para a companhia . "O consumidor pode conhecer a tecnologia da TV móvel através dos canais abertos e gratuitos e depois se interessar em adquirir uma programação mais exclusiva", diz Fiamma.

Também impulsionadas pelo mundial da África, as vendas de celulares com TV móvel cresceram três vezes entre maio e junho sobre o mesmo período do ano passado no Grupo Pão de Açúcar. "Os resultados das vendas superaram as nossas expectativas", diz Fábio Bagarollo, executivo responsável pela área de compras da área de telefonia celular do grupo, que engloba Extra, Extra Eletro e Ponto Frio.

Ele também acredita que as vendas continuarão a crescer mesmo depois de passada a disputa no continente africano, inclusive por conta da queda no custo de aquisição dos aparelhos. Bagarollo lembra que os primeiros celulares que chegaram ao mercado brasileiro custavam ao redor de R$ 1 mil e hoje há modelos vendidos pelo Extra que custam R$ 399.

A Copa do Mundo acabou por antecipar o lançamento do Tivizen no Brasil , comercializado pela EUTV, que permite aos usuários do iPhone, iPad e iPod Touch, fabricados pela Apple, recebam os sinais da TV aberta digital em seus aparelhos. "Nossa meta inicial era colocar o produto no mercado em setembro, mas resolvemos acelerar os planos para fazer o lançamento no início de junho", diz o presidente da EUTV, Yon Moreira Junior. O aparelho, desenvolvido em parceira com a empresa coreana Valups, capta sinal de TV via Wi-Fi e retransmite para os celulares. A EUTV investiu R$ 1,5 milhão no sistema e pretende vender 50 mil aparelhos até o final de 2010.

Em julho, ele pretende lançar a versão do produto para os aparelhos Blackberry, fabricados pela Research in Motion (RIM). No terceiro trimestre do ano, o plano é que o aparelho, que custa R$ 499,00, possa ser usado em celulares que utilizam a plataforma Android, desenvolvidos pela Google.

As oportunidades na área TV móvel no Brasil também aparecem na venda de canais por assinatura e publicidade dirigida. A M1nd tem hoje um base de 400 mil assinantes fixos das três operadoras que usam a sua plataforma de TV móvel com canais para assinatura - Oi, TIM e Brasil Telecom. O presidente da empresa, Alberto Magno, afirma que o número de usuários deve dar um salto considerável após o fechamento de um contrato com "uma grande empresa do setor", que ele não revela. "Pretendemos fechar o ano com 2 milhões de usuários", afirma o executivo.

Magno também aposta no crescimento da publicidade dirigida na TV móvel dos celulares. O executivo destaca que as propagandas para celulares permitem que os anunciantes tenham controle exato do número de clientes atingidos, o que não acontece, por exemplo, na TV, onde o resultado é feito por amostragem. A M1nd promoveu a divulgação da nova propaganda da Nike voltada para a Copa do Mundo, no dia 19 de maio, um dia antes estrear na televisão. Segundo Magno, a Nike selecionou 80 mil usuários no Brasil, Argentina e Itália para apresentar a campanha.

Para o diretor de novos negócios da Oi, Luiz Henrique de Castro Lima, a TV móvel abre grandes oportunidades para a convergência dos serviços "quadri-play" - internet banda larga, telefonia móvel e fixa e TV por assinatura - oferecidos pela operadora. Lima diz que uma das possibilidades em estudo é que o usuário possa receber "pílulas" de programas no celular, que posteriormente serão exibidas pelos canais de TV pagos. O executivo avalia que o momento é propício para a expansão de serviços com maior valor agregado - com fatores como o aumento de renda da população - mas o fator escala ainda será decisivo na hora de colocar novos produtos no mercado.

O sistema digital de TV tem como vantagem uma recepção de imagem superior ao do sinal analógico, mas é limitado pelo número de cidades que captam a transmissão. As coreanas LG e a Samsung são as marcas que têm o maior número de modelos com transmissão digital de TV integrada no Brasil. A chinesa ZTE estreou no Brasil inicialmente com celulares de transmissão analógica, mas em maio último apresentou um modelo com TV digital. A Semp Toshiba (STI) é outra fabricante que entrou recentemente neste segmento. Os preços dos aparelhos (que podem sofrer variação conforme os planos de comercialização das operadoras) variam de R$ 399 a R$ 899, dependendo da tecnologia disponível. Alguns modelos permitem, por exemplo, a gravação de programas.

Fonte: Valor Econômico
Autor: Paulo Fortuna
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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