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Olho no lance
   
     
 


03/07/2010

Olho no lance
Fifa promete usar tecnologia para evitar erros dos juízes. Mas dificilmente cumprirá.

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FOI GOL
Bola cruza a linha após chute do inglês
Lampard: só o juiz não viu

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Dez dias depois do apito final da Copa, o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, terá pela frente um assunto indigesto: a utilização de recursos tecnológicos em partidas de futebol. Nos dias 21 e 22 de julho, durante a reunião do painel de elaboração de regras da entidade, no País de Gales, o suíço terá a chance de provar com uma canetada a sua disposição de tornar mais justo o esporte mais popular do mundo. Na torcida estarão 400 milhões de praticantes e patrocinadores que, juntos, tornam o futebol um negócio que movimenta R$ 460 bilhões por ano e, portanto, não ficam nem um pouco satisfeitos quando suas jogadas comerciais são prejudicadas por um erro de arbitragem. Toda essa gente, mais o bilhão de pessoas que fica em frente da tevê assistindo à Copa do Mundo, irá comemorar se lances como o que ocorreu no jogo válido pelas oitavas-de-final entre Inglaterra e Alemanha, na terça-feira 27, no estádio Free State, em Bloemfontein, forem banidos para sempre do esporte. Na ocasião, o juiz uruguaio Jorge Larrionda não confirmou o que o mundo inteiro viu: um chute do inglês Frank Lampard bateu no travessão e caiu 30 centímetros para dentro da linha do gol alemão. Seria o empate da seleção inglesa, que, depois, tomou mais dois gols em contra-ataques e se despediu do torneio com o revés de 4x1.

Blatter, na tribuna do Free State, presenciou o erro. E ali mesmo deve ter começado a rever seus conceitos. Autor da frase “temos que deixar que o futebol tenha erros porque é um jogo humano”, ele foi o Judas em todas as críticas que surgiram após a partida – horas depois, no segundo jogo daquele dia, a Argentina ganhou do México com um gol impedido, reprisado no telão do estádio Soccer City, em Johannesburgo. O presidente da Fifa acusou o golpe. A primeira reação da entidade foi culpar o replay e determinar que repetições de lances polêmicos não fossem mais exibidas nos telões. Depois, Blatter teve de ir além. “É óbvio que, após as experiências até agora na Copa do Mundo, seria um absurdo não reabrir o arquivo sobre a tecnologia na linha de gol”, disse ele.

A Fifa chegou a testar bolas com chip há cinco anos em um mundial sub-17. Mas o componente eletrônico emitia um sinal toda vez que a bola atravessava qualquer linha do campo e não só a do gol – e acabou sendo deixado de lado. A entidade, agora, pretende lançar mão de olhos humanos adicionais em campo. “Nessa reunião, a Fifa vai autorizar que as federações utilizem mais dois árbitros, um atrás de cada gol”, conta o ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho. “E deve autorizar a bola com chip também.” Isso resolveria, porém, apenas os lances que discutem se a bola entrou ou não, bem mais raros que impedimentos duvidosos ou outras irregularidades que só poderiam ser detectadas com a ajuda de olhos eletrônicos, que não podem ser acionados pela arbitragem. Em outros esportes (confira quadro) monitores de tevê e computadores são utilizados para a maior assertividade nas decisões dos juízes.

A alegação da Fifa para vetar esses recursos é que a dinâmica do jogo dificulta a utilização do sistema de desafio de decisões para a marcação de faltas e impedimentos. A Fifa não quer tirar o ritmo da partida com paralisações para análises de replays, embora sejam comuns grandes paralisações geradas por reclamações das equipes. “No mundo, todos querem a adoção da tecnologia no futebol. Menos uma pessoa”, reclamou Alan Shearer, ex-jogador inglês. Blatter, o Judas malhado por Shearer, é o juiz do assunto.

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Fonte: ISTOÉ Independente
Autor: Rodrigo Cardoso e Yan Boechat
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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