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Pênalti contra a economia
   
     
 


03/07/2010

Pênalti contra a economia
Entre a vitória contra a Coreia do Norte e a derrota para a Holanda, milhões de brasileiros deixaram de trabalhar para ver o Brasil na Copa. O custo foi alto: mais de US$ 1 bilhão.

os dias de jogo do Brasil pela Copa do Mundo, as cenas se repetiram pelo País afora. Em Copacabana, no Rio de Janeiro, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, na Praça da Estação, em Belo Horizonte, foi sempre a mesma história: multidões reunidas com o propósito de assistir a uma partida de futebol.

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Segunda-feira 28: multidão deixa o trabalho mais cedo para ver goleada da
Seleção Brasileira sobre o Chile, na praia de Copacabana
 

Enquanto isso, o comércio fechou as portas, as linhas de produção das fábricas interromperam as atividades e as escolas cancelaram suas aulas. Não é exagero dizer que, num certo sentido, o País parou de funcionar. Isso, obviamente, gera um custo econômico e essa é a grande novidade de um estudo realizado pelo pesquisador holandês Willem Smit, do instituto suíço IMD.

Pelos cálculos de Smit, o fato de 48 milhões de brasileiros terem deixado suas atribuições cotidianas para ver o time de Dunga em campo nas duas primeiras partidas da Seleção na Copa gerou prejuízos de US$ 1,2 bilhão – uma enormidade sob qualquer aspecto, algo como todo o faturamento anual de uma empresa como a Sony no Brasil.

“Se todos os 32 países que participam da Copa parassem para ver os dois primeiros jogos de suas seleções, as perdas chegariam a US$ 20 bilhões”, diz Smit. A pedido da DINHEIRO, Smit calculou quanto o Brasil deixou de perder com a eliminação para a Holanda, na sexta-feira 2: US$ 500 milhões por não disputar a semifinal.
 
Levantamentos feitos por empresas brasileiras dialogam com o estudo do IMD. Antes da Copa, 59% dos comerciantes da região Sudeste afirmaram que os jogos atrapalhariam as vendas, segundo o Serasa Experian. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo, no dia em que o Brasil jogou contra Portugal, uma sexta-feira, a queda nas consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) foi de 90% em comparação com a sexta-feira anterior. Ou seja, o comércio praticamente parou.

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Sexta-feira 25: cerca de 50 mil torcedores assistem ao 0 x 0 entre Brasil
e Portugal, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo

A Associação Comercial, porém, faz uma ressalva. O movimento começa a ser prejudicado duas horas antes do jogo, mas em geral ocorre uma antecipação das compras nas primeiras horas do dia, principalmente em supermercados, o que acaba compensando as perdas anteriores. O estudo está correto ao calcular as perdas, mas ele não dimensiona os lucros que o Mundial de futebol pode trazer.

DINHEIRO consultou empresas de diversos setores a respeito do assunto. A maioria delas afirma que se planejou para a Copa e, por essa razão, não perdeu com o evento. Na GM, há uma fórmula para lidar com a questão. “Os períodos não trabalhados vão para o banco de horas”, diz Edson Vaz, diretor-geral de relações de trabalho da GM.

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“Se o funcionário tem crédito nesse banco, é feito o abatimento. Caso não tenha, compensa depois.” O mesmo sistema de banco de horas é adotado pela Companhia de Bebidas Ipiranga. “A produção foi interrompida durante os jogos, ficando o funcionário livre para ver a partida na empresa ou em casa”, diz Marcos Almeida, gerente de marketing da Ipiranga.

Na Amanco, as máquinas não foram interrompidas, mas há revezamento entre os operadores. “Quem era escalado para trabalhar, recebeu um rádio com fone”, diz Clodoaldo Heidemann, gerente de recursos humanos da empresa.

Fonte: ISTOÉ Dinheiro
Autor: Letícia Moreli e Marcelo de Paula
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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