Medicamento se tornou tarja preta
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a dose máxima que um médico pode prescrever do remédio sibutramina: 15 miligramas diárias. A sibutramina é a substância presente nos moderados de apetite mais consumidos em todo o Brasil.
A substância foi proibida na Europa depois que um estudo mostrou que ela pode aumentar o risco de ataque cardíaco em pessoas, derrame e morte em pacientes com sobrepeso e histórico de doenças cardíacas.
Em março, a agência resolveu incluir o medicamento no rol das substâncias psicotrópicas anorexígenas.
Com a mudança, a tarja da sibutramina mudou de vermelha para preta e o remédio passou a ser vendido apenas com a apresentação do receituário azul, com numeração determinada e controlada pela vigilância sanitária. A receita branca não oferece o mesmo controle.
Mas a resolução de março não especificou o tempo máximo de tratamento que poderia ser informado na receita. Até a resolução RDC n.º 25/2010, divulgada na terça-feira (1), o período da terapia era de, no máximo, 30 dias. Foi ampliado para 60 dias. "A decisão foi acertada", afirma Rosana Radominsk, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
A subitramina age aumentando a sensação de saciedade e acelerando ligeiramente o metabolismo, e é defendida por alguns médicos como sendo segura. Mas há um ponto em que todos são unânimes: só pode consumir o medicamento quem precisa emagrecer vários quilos (acima de 10kg, pelo menos) e recebeu indicação médica.