Está sendo muito divulgado um vídeo nas redes sociais chamando a atenção para a Dinamarca.
Os ancestrais dos antigos cidadãos do país eram os famosos Vikings, que viviam de saques, aterrorizando vários povoados da antiga Europa.
Entretanto, chegou o dia em que os Vikings desistiram da vida bárbara e decidiram se tornar comerciantes.
Para tanto, estabeleceram duas regras básicas: cumprir a palavra e primar pela honestidade, o que nada mais é do que os principais pressupostos para um lojista de sucesso bem estruturado.
A consequência desta história – e é sobre isto que o vídeo mencionado trata – a Dinamarca é permanentemente ranqueado como o país mais honesto do mundo; tanto o povo em geral, como seus governantes.
Então, se um bando de saqueadores que simplesmente resolveram se regenerar, formaram uma sociedade exemplar, por que isto não pode acontecer com o nosso Brasil?
Claro que a resposta para esta questão, mesmo sendo óbvia, nos parece um tanto quanto utópica nos dias de hoje.
No entanto, não reagir aos atuais e terríveis padrões de deslealdade com os quais estamos convivendo parece ser ainda mais surreal.
Neste aspecto fica fácil apontar para os maus políticos brasileiros que estampam as manchetes com falcatruas e – ainda bem – as referências aos seus julgamentos pela justiça.
Também é algo óbvio lembrar dos bandidos do crime organizado, assaltantes, assassinos, traficantes, etc.
O que é realmente difícil - e sofrido – é ter que reconhecer que estes padrões desviados de um comportamento digno estão cada vez mais perto da realidade diária.
Decepção, revolta e raiva, apesar de serem naturais nestas situações que nos vitimam, não levam a nada de bom.
A tristeza é um pouco diferente, pois ela nos leva a refletir e muitas vezes tomar decisões que não desejamos, mas que são absolutamente necessárias.
A cobiça desacerbada, na maioria das vezes liderada por interesseiros, irresponsáveis e mentirosos não mede a nocividade de seus atos.
Mesmo que isto signifique, para pessoas com desvio de comportamento, jogar a credibilidade de toda uma construção ao Leo, pensando que, se chegar ao poder, a reconstrução é questão de tempo.
“Jamé seu mané!”
Credibilidade requer muito trabalho, seriedade, eficácia, persistência e resiliência.
O sucesso não é construído com dinheiro e sim com ações que favoreçam aos que estão necessitados, em qualquer organização.
Ao admirarmos o bom exemplo do povo dinamarquês, devemos ser coerentes e individualmente não aceitar passivamente desvios de conduta.
Se quisermos que o nosso meio mude, temos de ser exemplares nas horas boas e nas ruins.
Participar de movimentações predatórias, ou enviar representantes, mesmo que por curiosidade, é ser conivente e apoiador do retrocesso.
Devemos ir adiante à busca de um Brasil mais ético; missão esta que deve começar dentro do nosso próprio meio.
Vitor Augusto Koch Presidente FCDL-RS