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Poesia 8 de janeiro
   
     
 


14/06/2024

Poesia 8 de janeiro
Autoria de Bady Curi Neto, advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e professor universitário

Venho aqui versar a defesa

Dos patriotas do “mal”

Coloco a beca sobre a mesa

Um pouco que constrangido

Em um país que a censura impera

Antes que versos sejam proibidos

 

Quem eram todos estes patriotas

Que ousaram contra a democracia?

Manifestantes a destempo

Postaram-se nas portas da caserna

Com barracos improvisados no tempo

 

Agasalhados pela Constituição

Clamando por um Brasil Melhor

Senhoras, idosos e famílias

Em seu lidimo direito da manifestação

Foram tratados como bandidos

E levaram todos para a Prisão

 

Vândalos, famílias ou arruaceiros?

Golpistas desarmados de 8 de janeiro

Em turbilhões desorientados

Alguns invadiram as sedes do Estado

Eram simplesmente baderneiros

 

O que se deu depois daquele instante?

Com aquelas senhoras e senhores

que não invadiram os Palácios da República?

Impedidos expressar suas ideias   

Foram tratados como malfeitores

Levando todos para a Colmeia

 

A Democracia deu lições de traição

Autoridades disponibilizaram ônibus

Para por fim ao acampamento

Com forma de condução

Erraram o caminho de proposito

conduzindo-os a prisão

 

Fechou-se o tempo

Deu-se início a tempestade

Famílias restaram abandonadas

Por pais encarcerados

Em malditas celas com cadeados

 

Prisões preventivas sem fim

Enceta-se um processo judicial

Em competência duvidosa

Pelo Supremo Tribunal Federal

Avoca-se Jurisdição que não pertencia

Ao menos pelo texto Constitucional

 

Themis tirou as vendas

A balança não tangia

Manchando a toga isenção

Espada transmutada em punhal

Postando a beca da acusação

 

Um empresário Baiano

Que há tempos passava mal

Na madura idade de 46 anos

E parecer pela liberdade provisória

De um Procurador do órgão Ministerial

Morreu na Papua, findando sua história

 

Outra presa, simples cabelereira

Mae de duas crianças, intitulada Terrorista

Não invadira os Palácios, mas em ato infame

Escrevera, com batom vermelho,

“Perdeu mané” na estátua da Justiça

  

Inibido de falar sobre o alheio

Não irei versificar caso a caso

Para que neste triste momento

Não avolume a indignação

O magistrado deve aplicar a lei

O perseguidor o justiçamento

 

Recuso, apenas, a ficar-me silente

Diante de Julgamentos de persecução

Onze togados impolutos, arautos da moral

Esquecem que Justiça exige bom senso

Consideram-se acima do bem e do mal

 

Julgamentos em blocos,

Sem separação das condutas

Como se fossem manadas

Malabarismos jurídicos, processos acelerados

Condenando réus a penas exacerbadas

Fonte: Bady Curi Neto
Autor: O autor
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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